Quando assumiu a presidência do FC Porto em maio do ano passado, André Villas-Boas encontrou uma situação financeira preocupante no clube: “Chegámos a uma situação, em novembro, de desespero absoluto. Tínhamos salários em atraso nas modalidades, no futebol e nos funcionários.”
afirmou o presidente.
Apesar desse cenário inicial, Villas-Boas revelou que o clube conseguiu rapidamente resolver os principais problemas: “O FC Porto pagou quase 180 milhões de euros de dívidas que tinha. Totalmente impossível num cenário passado, com todo o respeito pela administração anterior. O FC Porto, neste momento, não deve nada aos seus jogadores e aos funcionários, tem os salários todos em dia, não deve nada a clubes, recomprou parte dos direitos televisivos que estavam antecipados até 2028 e tem ideia de recomprar ainda mais dívida associada aos direitos televisivos.”
Vergonha pelos resultados desportivos
Apesar destes avanços na situação financeira, Villas-Boas reconhece que ainda enfrenta alguma vergonha
devido aos resultados desportivos da equipa: “Caminho na rua com alguma vergonha, porque há uma vergonha que me abraça pela parte desportiva e porque me custa ver a equipa em terceiro, mas há associados que me levantam por todo o resto do trabalho que está a ser feito.”
Novos projetos para o clube
O presidente do FC Porto revelou ainda planos para o Centro de Alto Rendimento do clube, com a expectativa de aprovação do “PIP (Pedido de Informação Prévia) (...) para poder proceder à compra do terreno”
e a possibilidade de construir um novo pavilhão.
Quanto à divulgação da auditoria forense à situação financeira do clube, Villas-Boas garantiu que não teve a intenção de “magoar ou desprestigiar tudo o que foi atingido pelo presidente”
anterior, Jorge Nuno Pinto da Costa, reconhecendo que isso possa ter “desiludido e posto fim às negociações relativamente ao naming do museu”
do FC Porto.