Madureira nega intimidação na AG do FC Porto
Fernando Madureira, principal arguido no processo da “Operação Pretoriano”
, rejeitou as acusações de que a claque Super Dragões tentou criar “um clima de intimidação e medo”
durante a Assembleia Geral do FC Porto em novembro de 2023. Em vez disso, o ex-líder da claque apontou o dedo a André Villas-Boas, afirmando que “a máquina de campanha”
do treinador foi a responsável pelos incidentes.
“Eu mobilizei os Super Dragões para irem apoiar o Pinto da Costa, conforme o Villas Boas mobilizou os seus apoiantes,”
disse Madureira. “Eu só disse para irem e para votarem em conformidade com o presidente.”
Explicação de Madureira sobre os incidentes
Questionado sobre o que se passou durante a assembleia, Madureira explicou: “Vi o senhor Bruno Branco (que não é arguido) puxar o braço a um senhor de idade. Vi outra altercação do Vítor (Aleixo), é aí que eu apareço num vídeo a gesticular, esse vídeo até já se tornou viral. Nunca pedi a ninguém para mudar de bancada. Fiquei muito nervoso, transtornado, irritado e triste por ver sócios do Porto uns contra os outros. Eu disse: 'é esta m*** que vocês querem para presidente? Veio dar uma entrevista, foi para casa. A esta hora está com os c*** sentados no sofá e vocês aqui à porrada.”
Negação sobre distribuição de pulseiras
Madureira negou ainda qualquer envolvimento na distribuição de pulseiras de acesso à assembleia, alegando que apenas retirou as pulseiras a um dos seus companheiros da claque, o “Hugo Polaco”
.
“Eu sugeri a uma das meninas que estava a dar as pulseiras se não era melhor distribuirmos pelas filas e ela disse não. Nisto, o Hugo 'Polaco' pega na caixa das pulseiras e eu tirei-lhe as pulseiras,”
explicou.
O ex-líder dos Super Dragões acusou ainda Adelino Caldeira, ex-administrador da SAD do FC Porto, de estar por detrás da acusação inicial contra si. “No início, o Ministério Público dizia que o plano era do dr. Adelino, que me pediu e ao Saul que levássemos os sócios para a Assembleia Geral para que votassem. Eu na altura disse logo que era mentira. Eu não falava para o dr. Adelino três meses antes disso,”
afirmou Madureira.
Apesar da sua veemente defesa, Fernando Madureira continua a ser o principal arguido neste processo, o único ainda em prisão preventiva.