A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, aos 87 anos, no passado dia 15 de fevereiro, gerou reações diversas no mundo do futebol português. No entanto, o Sporting, clube rival histórico do FC Porto, optou por não emitir qualquer nota de pesar pela passagem do dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial.
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, defendeu a decisão do clube, afirmando que seria «uma hipocrisia» fazê-lo, uma vez que Pinto da Costa «prejudicou seriamente» o Sporting e a indústria do futebol português durante sua longa gestão no clube do Porto, que durou 42 anos e 15 mandatos consecutivos.
«Se a instituição Sporting não se identifica com alguém que em vida prejudicou seriamente o clube, prejudicou seriamente a indústria do futebol e que não representa os nossos valores, seria uma hipocrisia da minha parte mudar o que eu penso desse senhor apenas por ele ter morrido», afirmou Varandas em entrevista à Sporting TV.
O presidente dos 'leões' garantiu que a decisão do silêncio do Sporting foi «uma decisão institucional» e não pessoal, reiterando que o clube «não é hipócrita» e que vai «estar sempre do lado dos valores e princípios».
Pinto da Costa liderou o FC Porto durante 42 anos, período no qual o clube conquistou 2.591 títulos em 21 modalidades, incluindo 69 no futebol sénior masculino, sete deles a nível internacional.