Aloísio passou 11 épocas como central de excelência no FC Porto, disputando 474 jogos e conquistando 7 campeonatos e 5 taças. O brasileiro chegou ao clube em 1990/91, proveniente do Barcelona, numa contratação difícil que se revelou uma das mais acertadas da era de Pinto da Costa.
A personalidade singular de Aloísio, o seu trato fácil e cuidado, bem como a elegância que demonstrava em campo, granjearam-lhe um respeito e admiração inigualáveis. O presidente dos dragões reconhecia essa influência positiva, deixando o defesa com funções na formação e equipas técnicas do FC Porto durante anos, chegando mesmo a afirmar que Aloísio só sairia do clube quando quisesse.
Homenagem a Pinto da Costa
Apoiante de Pinto da Costa nas últimas eleições, Aloísio reagiu, de Porto Alegre, à saída do emblemático presidente. «Lamento imenso essa partida, foi um choque enorme e uma perda ainda maior. Vivi anos espetaculares nos seus mandatos, muitas conquistas profissionais. Foram muitos anos vivenciando coisas fantásticas. Os troféus foram importantes para o clube, para a sua liderança, para os jogadores, mas, para mim, o legado é maior que isso e será eterno», afirmou.
Recordações da chegada ao FC Porto
O antigo central recorda momentos marcantes da sua ligação a Pinto da Costa. «A primeira vez que o presidente foi negociar a Barcelona a minha vinda para o FC Porto, eu estava renitente, não queria vir para Portugal. Aconteceu uma segunda reunião e ele convenceu-me com o seu carisma único. Fez-me entender que seria a melhor opção para mim. E todos já sabem, depois, qual foi a minha história no clube», desfiou Aloísio, revelando uma cumplicidade difícil de igualar.
«Também foi ele que me fez a despedida como jogador profissional. Foi uma noite mágica em que pude agradecer o carinho por tudo o que vivi vestindo a camisola dos dragões. Só posso agradecer ao melhor presidente do mundo», rematou.
