O declínio do Manchester City
Após a derrota da sua equipa frente ao Real Madrid na Liga dos Campeões, na qual a equipa inglesa sofreu dois erros monumentais nos últimos minutos, o treinador espanhol Pep Guardiola manteve uma postura resignada. «Isto já nos aconteceu muitas vezes, não encontrámos a solução. Caímos quando estávamos a vencer por 2-1 e isso penalizou-nos muito», lamentou Guardiola na conferência de imprensa.
O catalão, que raramente critica abertamente os seus jogadores, voltou a assumir sozinho a responsabilidade pela derrota, afirmando: «Não tenho nada a reprovar à minha equipa». Poderia, no entanto, ter apontado os erros individuais que custaram caro, como a saída infantil de Ederson que permitiu o empate do Real Madrid, ou a fragilidade defensiva de Rico Lewis no duelo com Vinícius.
Erros defensivos recorrentes
De facto, os erros defensivos têm sido recorrentes na temporada do Manchester City. Contra o Arsenal, dois dos cinco golos sofridos resultaram de ofertas da equipa de Guardiola. Outros jogadores como Akanji, Foden, Stones e Gvardiol também têm cometido falhas graves em diferentes momentos.
A queda de rendimento de vários jogadores-chave é evidente. Kyle Walker, Rúben Dias, Phil Foden e Jack Grealish, entre outros, não têm conseguido manter o nível exibicional da época passada. Apenas Erling Haaland, Savinho e Gvardiol têm conseguido manter a equipa a flutuar em momentos decisivos.
O futuro incerto de Guardiola
Guardiola já tentou resolver os problemas, reforçando a equipa no mercado de inverno, mas não encontrou ainda a solução. A instabilidade defensiva obrigou-o a adotar um estilo de jogo mais passivo, sacrificando a posse de bola. Mesmo assim, no último jogo com o Real Madrid, a equipa voltou a apresentar uma pressão ofensiva descoordenada, sem criar oportunidades de golo.
Sem dúvida, Guardiola merece sair quando entender, mas a imagem recente do Manchester City mostra que as coisas não são assim tão simples. «Com a relação que temos, serei eu a decidir quando sair. Esta é a minha opinião... mas talvez amanhã me demitam. Não sei.» O império do catalão parece estar a chegar ao fim.