Anselmi lança «revolução» no Dragão com aposta no 3-4-3

  1. Anselmi iniciou «revolução tática» com mudança para 3-4-3
  2. Equipa assume mais riscos e tem mais perdas de bola, mas também mais recuperações
  3. Circulação de bola é menor, mas mais vertical

Apesar de a tendência negativa ainda não ter sido invertida, há claros sinais de que o Dragão está mais vivo desde a chegada de Martín Anselmi há duas semanas. O novo treinador argentino orientou 12 treinos e dirigiu a equipa em três jogos - uma vitória e dois empates - tendo iniciado uma «revolução tática» com a mudança do sistema para um 3-4-3 dinâmico e moldável ao longo do jogo, a que os jogadores ainda se estão a habituar.

Mais riscos e mais verticalidade


Defensivamente, a equipa assume mais riscos e tem havido mais perdas de bola do que na média da época, mas as recuperações também aumentaram, assim como os duelos travados e ganhos. A circulação de bola é menor, mas mais vertical.


«O nosso modelo continua a melhorar, sobretudo na construção. Todavia, este é um trabalho que leva tempo, para que esteja afinado como queremos. Agora estamos mais juntos, a equipa está mais unida em campo, corrigimos os posicionamentos e fomos mais fluidos na construção», assumiu Anselmi após o clássico.

Maior verticalidade e pressão alta


Apesar de os resultados ainda não serem os pretendidos, a plateia tem dado sinais de gostar deste novo FC Porto que Anselmi está a forjar, que vai muito além do modelo visível a qualquer adepto. O futebol arrojado que prometeu, baseado no controlo através da posse de bola, com frequente recurso ao jogo de pés do guarda-redes, constante pressão alta e pensamento em chegar rápido à baliza contrária, ainda não foi totalmente enraizado pelos jogadores, mas há mudanças claras em relação ao passado recente.

Números mostram evolução


Segundo uma análise estatística, a equipa conseguiu, em média, mais um remate por jogo e mais quatro ataques. A principal diferença está na quantidade de cruzamentos efetuados, que passou de 17,6 para 21,6, mesmo que a equipa atue com mais gente na zona central e que os corredores estejam entregues quase na íntegra aos laterais João Mário e Moura. Destaca-se ainda o maior número de duelos ofensivos travados, resultado de uma maior e mais alta pressão.


Defensivamente, deu-se um aumento significativo do número de duelos travados na zona mais recuada. A equipa permitiu, ainda, 8,3 remates contra os 7,7 anteriores, uma diferença residual. Porém, o FC Porto tem perdido em média mais sete vezes a bola, mas também recupera muitas mais.

Bruno Lage reconhece exigência sobre o Benfica

  1. Lage recordou a vitória por 4-0 sobre o Atlético de Madrid, que na altura foi considerada contra «o pior Atlético de Madrid de todos os tempos»
  2. Lage defendeu que os jogadores não merecem sofrer os golos sofridos, tendo em conta o trabalho que realizam
  3. Lage afirmou que a exigência deve ser sempre acompanhada pelo «apoio fantástico» dos adeptos
  4. Lage considerou fundamental que os jogadores entendessem o momento do jogo e chegassem às suas posições, para depois saírem a jogar