O regresso de Neymar ao Brasil, concretamente ao Santos, deixou o treinador português Jorge Jesus bastante emocionado e dividido. Por um lado, o técnico ficou triste por não ter conseguido que o craque brasileiro desse certo no Al Hilal, clube que orientava. Por outro, mostrou-se satisfeito por Neymar ter regressado ao seu país e ao clube onde se formou.
A passagem frustrada pelo Al Hilal
Em declarações ao Canal 11, antes da estreia de Neymar pelo Santos, Jorge Jesus lamentou a má sorte que ambos tiveram durante a passagem do jogador pela Arábia Saudita. «Não tive sorte nenhuma, nem eu, nem o Neymar, nem o Al Hilal. Ele esteve 15 meses no Al Hilal com uma lesão muito grave, que o tirou da equipa», afirmou o treinador, que elogiou as qualidades técnicas do avançado. «Foi o melhor jogador com quem eu trabalhei, tecnicamente, quando tem a bola faz coisas que eu dizia... 'como é que ele faz isto?' É um criador, só que não tivemos tempo para que ele demonstrasse tudo aquilo que ele tem», lamentou.
Apesar de considerar Neymar um «bom profissional» e «bom amigo dos colegas», Jesus admitiu que as coisas não correram como esperado. «O que é facto é que as coisas não ligaram. Essa é que é a verdade, mas sinto-me às vezes até a falar sozinho, frustrado... como é que eu não consegui que este jogador, que é um super craque, tivesse dado certo?», questionou-se o treinador, emocionado.
O regresso ao Brasil
Ainda assim, Jorge Jesus acredita que o regresso de Neymar ao Brasil e ao Santos foi a melhor opção. «Se saiu do Al Hilal, acho que aqui era o sítio certo para ele ficar, mas se ele saiu, na minha opinião só podia ser para o Brasil. Porque ele vai ajudar muito a Seleção do Brasil para poder ganhar novamente o Mundial», afirmou, lembrando que um dos objetivos do ex-jogador do PSG é participar no Mundial de 2026.
Apesar da frustração, Jesus desejou o melhor a Neymar no seu regresso ao futebol brasileiro. «Ele saiu triste, principalmente comigo, eu sei, mas pronto é... custou-me, ainda hoje me custa, porque ele é um craque. É fora da caixa», concluiu o técnico português.