A poucos dias do início do Mundial de Andebol de 2025, a carreira do central português Miguel Martins sofreu um duro golpe. A Agência Internacional de Testagem (ITA), que lidera o programa antidoping da Federação Internacional de Andebol (IHF), revelou que a amostra do jogador, recolhida há mais de um ano durante o Europeu de 2024, apresentava um resultado adverso por testosterona exógena, um esteroide anabolizante androgénico proibido.
No entanto, este caso ganhou contornos pouco claros. Segundo declarações do chefe da unidade antidoping da Federação Europeia de Andebol (EHF), Hans Holdhaus, a amostra que a EHF possui do jogador, também recolhida durante o Europeu de 2024, deu negativo. «A amostra que temos dele é uma amostra do Europeu – e deu negativo», explicou Holdhaus.
Processo reaberto meses depois
Ainda mais intrigante é o facto de a ITA ter solicitado a reabertura do processo apenas meses depois, em março de 2025, obtendo então o resultado positivo através de um procedimento diferente. «Por alguma razão, a ITA reabriu o processo em março», disse o secretário-geral da EHF, Martin Hausleitner. «Para nós não está suspenso, o teste deu negativo», reiterou o dirigente.
Miguel Martins, por sua vez, afirmou-se «profundamente chocado» com a notificação da suspensão que o impede de participar no Mundial de 2025. O jogador, que atuou pelo Pick Szeged e pelo Aalborg Handbold durante o período em que o processo esteve em aberto, garante a sua inocência.
Jogador assistirá Mundial da bancada
Enquanto aguarda pela resolução deste caso controverso, Miguel Martins assistirá ao Mundial na Noruega a partir da bancada.
