O treinador adjunto do FC Porto, Vítor Bruno, elogiou a decisão de Otávio em recorrer ao apoio psicológico disponibilizado pelo clube durante o período em que esteve afastado dos relvados. «O Otávio enalteceu duas pessoas que são realmente importantes no seio do clube, que são a doutora Vera e o doutor Luís André, que são pessoas excecionais, supercompetentes e que têm feito um trabalho muito meritório com o Otávio», começou por destacar Vítor Bruno.
Para o técnico, não há qualquer motivo para ter vergonha em pedir ajuda psicológica. «São ferramentas às quais temos de recorrer, sem qualquer tipo de vergonha, sem sentimentos de fraqueza porque acho muitas vezes que a maior força do ser-humano é aceitar a sua imperfeição, perceber que é preciso viver com ela, saber integrá-la. Quando não temos ferramentas para o fazer, temos de recorrer a quem é especializado», afirmou.
Apoio psicológico para jogadores e familiares
Vítor Bruno revelou ainda que também os seus próprios filhos, de 8 e 10 anos, recebem acompanhamento psicológico. «Os meus filhos, que têm oito e dez anos, também recorrem a esse tipo de serviço. Também têm um pai que tem alguma pancada e é preciso de quem os equilibre um bocadinho. É algo que sinto que é necessário e é necessário não só para o Otávio, mas em qualquer Otávio no mundo do futebol, em qualquer área».
O treinador adjunto do FC Porto considera que o recurso ao apoio psicológico é cada vez mais necessário nos dias de hoje, devido à «rotina diária, com o consumismo que temos, a falta de tempo». «É preciso de gente que saiba lidar com esse tipo de momentos. O Otávio fez essa reflexão de sentir que era necessário algo mais para lhe aportar valências e para lidar com um problema que o estava a invadir. Fê-lo bem, há muitos jogadores que recorrem a esse serviço. O clube está muito bem munido», concluiu.