Feito memorável em Tóquio
Esta sexta-feira celebra-se os 37 anos da conquista da primeira Taça Intercontinental pelos portistas, num jogo gelado em Tóquio, frente ao Peñarol. Este marco histórico ocorreu a 13 de dezembro de 1987, num Estádio Nacional em Tóquio coberto de neve e gelo, onde os azuis e brancos se sagaram campeões do mundo de clubes pela primeira vez.
«Em 2004, repetiríamos a proeza, a ganhar ao Once Caldas nas grandes penalidades, por 8-7», relembra o presidente Pinto da Costa.
Contra as adversidades
O jogo disputado contra o Peñarol terminou com uma vitória por 2-1, após prolongamento. O triunfo foi desafiante devido às condições atmosféricas adversas. «Chegou a ser equacionado adiar a final, mas a determinação do presidente Pinto da Costa em manter a data e hora da partida revelou-se acertada», afirma o treinador Tomislav Ivic.
O técnico acreditava que «a neve e o gelo prejudicariam mais o estilo de jogo rendilhado do Peñarol, favorecendo assim a estratégia de contra-ataque do FC Porto».
O herói Rabah Madjer
O herói da partida foi Rabah Madjer, que marcou o golo decisivo aos 110 minutos. «A neve intensa não impediu Madjer de executar um belo chapéu. A bola foi travada pelo atrito mas levou força suficiente para entrar na baliza do Peñarol», descreve o relato.
Antes disso, Fernando Gomes tinha inaugurado o marcador aos 42 minutos, num jogo onde regressava após uma lesão que o afastara da final de Viena contra o Bayern de Munique. «Apesar de um golo de Viera ter forçado o prolongamento, a resiliência dos dragões prevaleceu.»