Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões do FC Porto, foi detido no âmbito da Operação Pretoriano e está privado da liberdade desde o início do 2023. Segundo Miguel Sousa Tavares, conhecido adepto portista, torna-se «difícil entender a duração (quase um ano!) de prisão preventiva» de Madureira.
Há cerca de um ano, por ocasião da Assembleia Geral do FC Porto, Madureira liderava os Super Dragões e era uma das figuras mais mediáticas do clube, admirado pelo presidente Pinto da Costa. Porém, os acontecimentos daquela noite de 13 de novembro de 2023 deram início à sua queda.
A queda de Madureira
Em pouco mais de um ano, Madureira deixou de ser líder dos Super Dragões e está preso na cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto, sendo conduzido a tribunal sob forte vigilância policial. Recentemente, foi também expulso de sócio do FC Porto, tal como a sua mulher, Sandra Madureira, e Vítor Catão, entre outros suspeitos da Operação Pretoriano.
Sousa Tavares lamenta o tempo em que Fernando Madureira está na prisão em preventiva, considerando que foi o «intolerável excesso de serviço a Pinto da Costa e os seus que tudo precipitou». Segundo o conhecido portista, esse «serviço» permitiu a «possibilidade por via democrática» de «derrubar o poder instalado» no FC Porto «sem as habituais intimidações sobre os sócios protagonizadas pelos Super Dragões», tendo também ditado «a própria prisão de Madureira».
Questões sobre a prisão preventiva
Sousa Tavares acredita que, se Madureira não estivesse na prisão, as coisas teriam sido diferentes e, porventura, os portistas não se teriam «exprimido livremente» da forma «avassaladora» como o fizeram. Apesar de aceitar a expulsão de Madureira do clube, o adepto portista considera que «se vai tornando difícil entender a duração (quase um ano!) de prisão preventiva» do ex-líder dos Super Dragões.
Fernando Madureira, nascido na Ribeira, no Porto, em 1975, cativou-se pela bandeira portista desde cedo e acompanhava sempre o clube em Portugal e no estrangeiro. Atualmente, é o único arguido que continua preso preventivamente, enquanto os outros suspeitos da Operação Pretoriano estão em prisão domiciliária ou com outras medidas de coação.