Koehler critica duramente proposta de Villas-Boas para refinanciamento da dívida do FC Porto

  1. Refinanciamento de 115 milhões de euros da dívida da SAD portista, a uma taxa de juro de 5,62% durante 25 anos
  2. Koehler comparou Villas-Boas a Vale e Azevedo, antigos presidentes do clube
  3. «Em 2049 estarão os nossos filhos a pagar este financiamento apresentado como se fosse uma solução»
  4. «Primeiro falava-se num mandato, depois eram precisos 12 longos anos, e já vamos em 25 anos? Um quarto de século?»

João Rafael Koehler, antigo membro da lista de Pinto da Costa, teceu duras críticas à negociação da dívida do FC Porto apresentada pelo atual presidente da SAD, André Villas-Boas.

Segundo Koehler, o refinanciamento de 115 milhões de euros da dívida da SAD portista, a uma taxa de juro de 5,62% durante 25 anos, «parece mais uma anedota do que uma proposta séria». O ex-dirigente portista comparou mesmo Villas-Boas a Vale e Azevedo, antigos presidentes do clube.

## Pior negociação do que a de Vale e Azevedo

«Mesmas taxas, pior prazo, mais juros, menos sustentabilidade», lamentou Koehler, que considera que esta negociação hipoteca ainda mais o futuro do clube. «Em 2049 estarão os nossos filhos a pagar este financiamento apresentado como se fosse uma solução», avisou.

Koehler deixou ainda algumas questões à administração de Villas-Boas, questionando se «não vai parar de aumentar o prazo em que este presidente promete resolver os problemas». «Primeiro falava-se num mandato, depois eram precisos 12 longos anos, e já vamos em 25 anos? Um quarto de século?», interrogou.

## Aposta na internacionalização seria preferível

O antigo dirigente portista acredita que esta negociação da dívida «corre o risco de tornar o descalabro desportivo duplo da última semana uma triste nova normalidade». «Isto é jogar à defesa», criticou Koehler, que preferia uma estratégia de «internacionalização do clube», a criação de «um banco digital baseado na massa adepta» e o «aumento das receitas televisivas».

«Apostava forte na internacionalização do clube», apontou Koehler, deixando a ideia de que, se Pinto da Costa tivesse vencido as eleições, «jogava ao ataque» e não «à defesa» como considera que Villas-Boas está a fazer.