No âmbito da Operação Pretoriano, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto começou esta terça-feira a analisar as imagens de videovigilância do Dragão Arena, referentes à Assembleia Geral (AG) do FC Porto de 13 de novembro de 2023. Entre os arguidos está Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, acusado de 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.
Depois de se ter remetido ao silêncio no início da fase de instrução, Fernando Madureira regressou ao TIC sob fortes medidas de segurança, acompanhado pela sua esposa Sandra Madureira, antiga vice-presidente dos Super Dragões, e Fernando Saul, ex-funcionário do FC Porto.
Visionamento de imagens e indeferimento de audição de testemunhas
«Estivemos apenas a ver imagens. Declarações? Não houve», referiu Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, aos jornalistas, no final de uma sessão que durou cerca de duas horas.
A juíza de instrução criminal aceitou que fossem visionadas as imagens das câmaras de videovigilância do Dragão Arena, onde se registaram vários incidentes e agressões durante a AG do FC Porto. No entanto, indeferiu o requerimento dos arguidos para a audição de testemunhas no debate instrutório, entre as quais estava Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto.
Acusação de 31 crimes
Neste processo, estão em causa 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, durante a AG de 13 de novembro de 2023.
A fase de instrução deste processo prossegue, com o objetivo de apurar as responsabilidades dos arguidos e determinar se os factos se verificaram conforme a acusação.