Livro "Azul até ao fim" compila pensamentos e inquietações de Pinto da Costa
O ex-presidente do FC Porto, Pinto da Costa, de 86 anos, apresentou esta quinta-feira o seu livro "Azul até ao fim", uma obra que compila os seus pensamentos e inquietações desde que foi diagnosticado com um cancro na próstata há três anos. Durante a apresentação do livro, na Alfândega do Porto, Pinto da Costa revelou alguns detalhes sobre as suas últimas vontades, nomeadamente quem não quer que esteja presente no seu funeral.
Quem Pinto da Costa não quer no seu funeral
«Não é porque lhes queira mal ou por corte de relações, mas sei que a presença de alguns daqueles que eu cito iria certamente criar incómodo naqueles que me conhecem», afirmou Pinto da Costa, excluindo os corpos sociais da direção liderada por André Villas-Boas, com quem perdeu as eleições mais participadas da história do FC Porto em abril deste ano. O ex-presidente dos 'dragões' também descartou a presença de alguns ex-futebolistas do clube, como Hélton, Maniche, Eduardo Luís, António André ou António Sousa.
Quem Pinto da Costa quer no seu funeral
Ao contrário destes, Pinto da Costa quer que estejam presentes um círculo restrito de amigos, entre os quais se incluem Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, que está em prisão preventiva há nove meses no âmbito da Operação Pretoriano, e Sandra Madureira, sua mulher e outra arguida desse processo. «A única coisa que qualquer pessoa consegue fazer sozinho é asneiras. Quem quiser construir algo de positivo, útil e importante para os outros tem de estar bem acompanhado. Houve pessoas que, infelizmente, não podem estar aqui, mas foram importantes para o FC Porto e para as suas vitórias. Refiro-me ao Fernando Madureira», observou Pinto da Costa.
Capa do livro "chocou algumas pessoas"
Pinto da Costa, que liderou o FC Porto durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, revelou que a capa do livro, na qual surge apoiado num caixão adornado com a bandeira do clube, «chocou algumas pessoas», pelo que teve de fazer «uma nota prévia sobre essa escolha feita por mim para que as intenções da editora não fossem mal interpretadas». O ex-presidente dos 'dragões' mostrou-se grato pelo seu percurso de vida, afirmando que o livro «está a ter uma boa aceitação» e que «é sinal de que as pessoas se interessam por aquilo que eu disse e também é bom para a editora, que confiou num autor que não é autor».