Durante a cerimónia de apresentação do seu livro "Azul até ao Fim", o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, recordou os primeiros anos no clube, quando a situação financeira era muito complicada. Pinto da Costa revelou detalhes sobre esse período e partilhou o seu desejo final.
Dificuldades financeiras no início
«Quando fui ver as contas não tínhamos oito mil euros. Tínhamos zero», afirmou Pinto da Costa, revelando que o então tesoureiro, Eduardo Poças, lhe disse na altura que o clube estava "falido". No entanto, Pinto da Costa conseguiu negociar com os credores e evitar que o FC Porto fosse para a "praça pública fazer choravinhos". «O que puseram no ar era que nós éramos de um grupo perigoso de comunistas, muito inteligentes, que assaltámos o clube para entregar ao PC, que não eu», lamentou o presidente.
Apesar das dificuldades iniciais, Pinto da Costa conseguiu construir uma "grande equipa" que o ajudou a ultrapassar os obstáculos. «Só foi possível ultrapassar as dificuldades com a colaboração e a união de uma grande equipa que tive o prazer e a honra que tiver de dirigir», afirmou.
Homenagem a figuras importantes
O dirigente destacou alguns nomes que foram "muito importantes" nesse processo, como Pôncio Monteiro, Armando Pimentel e Reinaldo Teles. «Foram pessoas que me ajudaram a ultrapassar as dificuldades», sublinhou. Pinto da Costa também prestou homenagem a Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, que infelizmente já não está entre nós, mas que foi "importante para o FC Porto e para as suas vitórias".
Desejo de ser cremado e enterrado na azinheira
Pinto da Costa revelou que começou a escrever o livro "Azul até ao Fim" não com a intenção de o publicar, mas sim como uma forma de "desabafar" após o diagnóstico de um "tumor maligno". «Resolvi escrever para mim, era uma forma de desabafar», explicou. Por fim, Pinto da Costa revelou um desejo: «Quero que o meu corpo seja cremado e que as minhas cinzas sejam espalhadas na azinheira da capela de Nossa Senhora de Fátima».