O antigo treinador do FC Porto, André Villas-Boas, visitou esta sexta-feira a nova exposição temporária do Museu do FC Porto, dedicada à figura lendária do guarda-redes Américo. A visita contou com a presença de Isabel Leite, afilhada da lenda azul e branca.
Villas-Boas destacou que esta homenagem só foi possível graças à «grande ajuda da família e do Américo, que em vida decidiu doar todo o seu espólio ao FC Porto». O presidente do clube, Pinto da Costa, enfatizou que estão «imensamente orgulhosos de receber a sua coleção».
Exposição celebra carreira de Américo
A exposição, que abre portas ao público amanhã, com entrada livre, permite revisitar a carreira de Américo, guarda-redes campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal pelos Dragões. Américo recebeu um Louvor do Estado e foi agraciado com as mais altas distinções do clube, incluindo o Troféu Pinga e o Dragão de Ouro.
Villas-Boas elogiou a qualidade do espólio em exibição, que inclui não só peças relacionadas com o FC Porto, mas também com a seleção portuguesa, como a camisola que Américo usou no Mundial de 1966. «Temos aqui a camisola que usou ao serviço da seleção portuguesa e as de Itália e do Brasil. Muitas e boas memórias do FC Porto e de Portugal. É com grande saudosismo que recordamos tudo isto», afirmou.
Legado de Américo
O antigo treinador lembrou ainda que Américo era conhecido pela sua marca de distinção, jogando sem luvas, embora a exposição inclua também algumas luvas que o guarda-redes utilizava em jogos à chuva, refletindo a evolução dos tempos.
Segundo Villas-Boas, a afilhada de Américo, Isabel Leite, contou que o único arrependimento do lendário guarda-redes era não ter «sangue azul» nas suas veias. «É bem personificada a sua dignidade e generosidade nesta doação ao Museu», destacou o presidente portista.