A entrada em cena do FC Porto na Taça de Portugal deve coincidir com a primeira titularidade de Fábio Vieira nesta «segunda vida» de dragão ao peito. Superada a contrariedade da lesão que o afastou das contas de Vítor Bruno até final de setembro, o criativo natural de Argoncilhe foi lançado a partir do banco de suplentes nos últimos três desafios, acumulando perto de uma hora de jogo ante Arouca, Manchester United e Braga.
Com ritmo competitivo nas pernas e mais entrosado nas ideias do técnico portista, Fábio surge como forte candidato ao onze do próximo domingo, frente ao Sintrense. Algo que, a confirmar-se, ditará o fim de uma espécie de travessia no deserto para o camisola 10, titular pela última vez a 1 de novembro do ano passado, num West Ham-Arsenal da Taça da Liga de Inglaterra.
Empenho de Fábio Vieira no regresso
Seguiram-se tempos difíceis para Fábio Vieira. Um problema físico travou-o durante alguns meses e, com a máquina dos «gunners» bem oleada, não dispôs de espaço com Mikel Arteta. O último verão trouxe-lhe a oportunidade de regressar a uma casa que bem conhece, de forma a recuperar o nível alcançado antes da transferência para a Premier League e, sabe O JOGO, o empenho demonstrado nesta paragem vai refletindo a fome de protagonismo do médio.
Para tal, contribuiu o afinco de Fábio, que foi ao Olival mesmo em dias de folga do plantel para realizar tratamento, encurtando o tempo de recuperação da mazela muscular que sofreu em setembro, inicialmente apontado a um mês, mas reduzido a pouco mais de duas semanas.
Cenário perfeito para a titularidade
Desde a última titularidade, ainda no Arsenal, Fábio Vieira atuou apenas 154 minutos (em nove jogos), somando tempo de jogo oficial nos «gunners» e já no FC Porto. Ora, sabendo-se que Vítor Bruno privilegia a utilização daqueles que permanecem no Olival durante os períodos de seleções, Fábio Vieira usufrui do contexto perfeito para entrar nas contas do onze para a Taça de Portugal, tendo, inclusivamente, alinhado de início nos recentes jogos-treino com Arouca e Amarante.
Tem a palavra o treinador, claro, mas tudo indica que a «hora do 10 está aí à porta».