O que esperar do Bodø/Glimt, adversário do FC Porto na Liga Europa

  1. «uma equipa muito perigosa», que «pode criar bastantes dificuldades ao FC Porto»
  2. Média de golos marcados «muito elevada» (2,36 por jogo)
  3. Patrick Berg é «o cérebro da equipa»
  4. Hakon Evjen é a nova estrela a substituir Albert Gronbaek
  5. «É uma equipa que não permite grandes oportunidades aos adversários e que não depende só de defender»
  6. «Jogos difíceis» com adversidades como frio intenso, neve e mudanças bruscas de luminosidade

Equipa nórdica é uma «ameaça real» ao FC Porto


O Bodø/Glimt é praticamente desconhecido para os adeptos portugueses, mas João Paulo Cordeiro, especialista em futebol nórdico, avisa que se trata de «uma equipa muito perigosa», que «pode criar bastantes dificuldades ao FC Porto».

A equipa norueguesa é líder destacada do seu campeonato e chega à Liga Europa com uma imagem de grande solidez e eficácia, características que poderão colocar desafios significativos aos azuis e brancos.

Domínio em casa, com relvado sintético


«É uma equipa muito forte a jogar em casa, porque vai tirar vantagem do relvado sintético. Em casa é muito mais dominadora, gosta de controlar o jogo, de ter a bola, de construir apoiado, fazer passes de bolas longas. Tem muita facilidade em criar oportunidades de golo e é eficaz a aproveitá-las, tem aquela típica frieza nórdica», afirmou Cordeiro, destacando a média de golos marcados «muito elevada» (2,36 golos por jogo).

O treinador Kjetil Knutsen está na equipa desde 2017 e esta pode ser, na opinião de João Paulo Cordeiro, outra vantagem para os nórdicos: «É uma equipa bastante oleada, tem bases e princípios de jogo que estão muito solidificados, porque o treinador já lá está há muito tempo. É uma equipa que se conhece bem, que tem promovido vários regressos nos últimos anos e acaba por ter já rotinas de muito tempo a trabalhar juntos.»

Patrick Berg, o cérebro da equipa


O principal perigo do Bodø/Glimt em termos individuais é Patrick Berg. «É um médio mais recuado, não diria defensivo, porque é uma espécie de Pirlo norueguês. Faz a construção de jogo em terrenos mais recuados, é o cérebro da equipa, é quem põe a máquina toda a funcionar. Anular Patrick Berg seria anular grande parte da capacidade de organização da equipa», explica o analista.

Atenção ainda para os corredores, porque os laterais Sjovold na direita e Bjorkan na esquerda «oferecem grande profundidade e criam desequilíbrios» e os extremos – independentemente de jogar Hauge ou Mikkelsen à esquerda, ou Zinckernagel ou Maatta à direita - «têm uma capacidade de desequilíbrio individual e relação com o golo muito alta».

Hakon Evjen, a nova estrela


Destaque ainda para Hakon Evjen, que está a substituir a estrela Albert Gronbaek (entretanto transferido para o Rennes por €15M): «O FC Porto tem de estar bastante atento e tentar anulá-lo pelo desequilíbrio que provoca, vindo de trás, e a chegada à área que tem, e também a capacidade para marcar golos.»

Segredo para bater o Bodø/Glimt


Para João Paulo Cordeiro, o segredo para derrotar o Bodø/Glimt pode estar «numa pressão mais alta por parte do FC Porto». Como os noruegueses gostam de «uma construção lenta», logo a partir do guarda-redes e dos centrais, o facto de «não terem uma capacidade individual extraordinária» pode dar aos azuis e brancos uma oportunidade de recuperar a bola em zonas avançadas do campo e criar perigo.

«É uma equipa que não permite grandes oportunidades aos adversários e que não depende só de defender. Pressiona muito alto, sufoca o adversário e tenta criar desequilíbrios logo na primeira fase de construção do adversário, mas mesmo quando a pressão não funciona, organiza-se bem defensivamente», alertou.

Histórico das viagens a países nórdicos


Fernando Mendes, antigo jogador do FC Porto, recorda as adversidades que a equipa enfrentava sempre que viajava até à Noruega. «Estes são sempre jogos difíceis. Lembro-me de que estava muito frio e nevava. A viagem é longa, a temperatura é muito baixa, está de dia e de repente fica de noite... Para além disso, são equipas bastante competitivas, apesar de, na altura, a maior parte dos jogadores do Rosenborg nem serem profissionais e terem outros empregos», contou.

Mendes lembra ainda as técnicas utilizadas na altura para contrariar o frio, como as «camisolas e luvas térmicas», ainda que, nessa época, «os equipamentos ficassem todos ensopados» sempre que chovia. «O pior que senti foram os pés, ficavam gelados. No intervalo, andávamos a queimar algodão com álcool para aquecer os pés», recordou.

Relativamente às características dos jogadores noruegueses, Fernando destaca o facto de serem «fortes fisicamente e extremamente competitivos», apesar de não terem, na sua maioria, «grandes competências técnicas». «São trabalhadores e jogam o jogo até ao último segundo. Costumam apostar muito no jogo aéreo e nós, na minha altura, passávamos o tempo todo a saltar quando enfrentávamos essas equipas. Hoje, os jogadores noruegueses estão um pouco mais evoluídos e têm mais qualidade. Ainda assim, o FC Porto é claramente favorito», completou.

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