Samu e Gyokeres exemplos de excelência
São os pequenos pormenores que distinguem os grandes avançados dos restantes. Como o «segundo toque de Samu no dois a zero em Guimarães – uma espécie de toque de pantufa» que é «sintomático de quem já tem a finalização na cabeça e que nada, mesmo nada, conseguirá travar uma execução triunfante». Ou então «o calcanhar pouco ortodoxo com o pé direito» de Gyokeres no primeiro jogo pelo Sporting, «para providenciar a rápida finalização com o pé contrário», deixando «água na boca e a fina certeza de que estávamos perante um jogador dotado de uma qualidade excecional».
Mais do que golos, a exploração da profundidade
Traçar um paralelo entre Samu e Gyokeres «é afinar pelo inequívoco diapasão do craque» e, ao mesmo tempo, «aportar às respetivas equipas o significativo poder da exploração da profundidade», algo que «faltou ao FC Porto em Alvalade». Vítor Bruno sabe que «o melhor ainda está para vir» com Samu, à medida que este «adquire todas as rotinas com precisão», melhorando no «apoio com os médios» e na «estratégia de pressão alta».
Namaso não estava a jogar mal
Para Vítor Bruno, «não estava a jogar mal» Namaso, sobretudo «em posse, apoio aos médios e recuos estratégicos para arrastar marcações e desmembrar linhas muito baixas», tendo um papel «fundamental num FC Porto que cria muito mais e se expõe com muito mais pertinência por zonas centrais».
Vitória mereceu mais
O Vitória «bem que se podia ter sentado à sombra da bananeira à espera que a vantagem batesse à porta», mas «a opção foi virtuosa desde o primeiro minuto: ir à procura do resultado». Uma atitude que «vai trazer mais triunfos ao Vitória do que derrotas», pois «é bem melhor perder desta maneira e manter a viatura na mesma autoestrada da rejeição pura da inércia do que trancar a casa e definir uma estratégia em que se poderia perder ou não».
Lateral direito do Vitória ainda em formação
A principal falha do Vitória foram os laterais, com «João Mário» a não conseguir evitar o primeiro golo do FC Porto, numa jogada «bem gizada» pelos dragões. Ao contrário de «Martim Fernandes», lateral direito do Vitória, que «congrega solidez defensiva e um entendimento tático até precoce para a idade que tem».
Lateral ideal para uma grande equipa
Nos laterais de equipas grandes, «a capacidade de jogar em zonas interiores ou exteriores com o mesmo rendimento» é essencial, para que o mesmo jogador possa «adquirir valências de médio e de extremo consoante as necessidades». E é esse o perfil de «Francisco Moura», que «saltou de imediato para o onze titular sem qualquer tipo de hesitação».
FC Porto com título à vista
Esta vitória sobre o Vitória demonstra que «o FC Porto está para as curvas e para os títulos. Por direito.»
Conclusão
O Vitória sofreu cinco golos na liga, sendo que três deles foram apontados em 45 minutos pelos dragões, uma percentagem de sessenta por cento. E a entrada de muita dessa água foi «pelos corredores laterais».