Vítor Bruno e Alan Varela projetam ambições europeias
No âmbito do Magazine Liga Europa realizado pela UEFA, o treinador Vítor Bruno e o médio Alan Varela expressaram as expectativas do FC Porto para a segunda prova de clubes do Velho Continente, diante do Bodo/Glimt.
Em entrevista aos meios da UEFA, Vítor Bruno falou sobre o seu percurso e os objetivos no comando técnico do clube portista. O treinador começou por recordar a sua formação académica e o papel da sua esposa neste novo capítulo da sua carreira: «Passei cinco anos com formação académica na faculdade de Coimbra. A faculdade deu-me algo impagável, que é a minha mulher. É alguém que me confere toda a tranquilidade que preciso de ter. Essa foi a minha grande vitória na faculdade».
Exigência de uma mentalidade vencedora
Vítor Bruno admitiu ainda que a sua esposa o considera «um chato, impossível de aturar nesta fase, nesta nova função», uma vez que «uma pessoa não consegue muitas vezes dedicar tempo à família, aos filhos porque está demasiado envolvido no trabalho e na exigência que ele confere». Sobre a sua carreira, revelou que sempre jogou futebol desde cedo, mas que chegou a ponderar que esse não seria o seu caminho.
Quanto ao perfil que quer ver implementado na equipa, Vítor Bruno não deixou dúvidas: «Quero uma equipa altamente ambiciosa, viciada em ganhar, que faça disso praticamente uma droga sem a qual não consegue viver.» O treinador concluiu afirmando que, «na Europa, tenta[remos] deixar uma marca forte e indelével do que é a nossa força, até porque temos para trás esse passado que nos diz que o FC Porto tem uma marca forte na Liga Europa».
Humildade fora de campo, determinação dentro
Por sua vez, o médio argentino Alan Varela recordou os primeiros passos como jogador, bem como o clube de infância, antes de comentar a personalidade com que entra em cada jogo: «Os meus primeiros passos foram no clube do bairro chamado Pasadores. Foi onde cresci e desfrutei do futebol. Depois desse passo, fui para o Boca [Juniors] onde fiz todas as etapas de formação.»
Varela afirmou que «[s]ou humilde e tranquilo fora do campo. Dentro dele tento não ser assim, se não passam-me por cima. Trato de mudar o chip e ser um jogador forte e com muita presença, que me respeitem. Tento sempre adaptar-me ao que o mister pede, jogando a médio defensivo ou com um companheiro».
Herança europeia obriga a mais responsabilidade
Vítor Bruno concluiu que, «na Europa, tenta[remos] deixar uma marca forte e indelével do que é a nossa força, até porque temos para trás esse passado que nos diz que o FC Porto tem uma marca forte na Liga Europa. Neste milénio, já a ganhou por duas vezes e, parece que não, mas acaba por ser um acrescento de responsabilidade para quem está no FC Porto».