Passados 127 dias desde que tomou posse como novo presidente do FC Porto, André Villas-Boas tem-se empenhado no cumprimento das promessas do seu programa eleitoral, procurando moldar o clube à sua visão após mais de quatro décadas da presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa.
Uma das medidas mais recentes foi o lançamento do Portal da Transparência do FC Porto, uma plataforma online que serve para «prestar contas aos seus associados, parceiros, acionistas e demais investidores das empresas do grupo», como descrito na própria página. Dividida em sete áreas - pessoas e organização, jogadores, contratos e informação financeira, sustentabilidade, infraestruturas, documentos e canais de denúncia -, esta iniciativa foi classificada por Villas-Boas como «um passo significativo na transparência do FC Porto».
O portal revela informações detalhadas sobre o clube, desde a média etária e estudos dos trabalhadores até aos valores pagos a intermediários em negócios como os de Samu Omorodion ou Fábio Vieira. Confirma também que Villas-Boas não tem salário fixo e detalha quanto é destinado a cada modalidade desportiva.
Esta medida surge após outras iniciativas do novo presidente, como a reaproximação aos adeptos, o arranque do futebol feminino e do futsal. Villas-Boas tem assim um duplo trunfo: continua a cumprir pontos do seu programa eleitoral e marca uma diferença com a gestão anterior, mais «cinzenta e opaca», como o próprio criticou, nomeadamente no que toca a comissões excessivas e elevados prémios de desempenho aos administradores da SAD.