Em entrevista exclusiva à TVI, Jorge Nuno Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, manifestou o seu apoio a Fernando Madureira, líder da claque 'Super Dragões', afirmando que este «está preso injustamente». Ao longo da entrevista, Pinto da Costa revelou detalhes sobre o acordo de cedência de bilhetes entre o clube e a claque, bem como sobre a sua visita a Madureira na prisão.
A entrevista de Pinto da Costa surge após os acontecimentos conturbados da Assembleia Geral do FC Porto realizada a 13 de novembro, onde ocorreram confrontos entre adeptos e a nova direção liderada por André Villas-Boas.
## Defesa de Fernando Madureira
Segundo o ex-presidente, «não há em momento algum em que [Madureira] agrediu alguém» durante a Assembleia Geral. «Há um momento em que manda sentar as pessoas, mas nunca agrediu ninguém», afirmou Pinto da Costa. O antigo dirigente contou ainda que, no final da Assembleia, foi Madureira quem levou o treinador André Villas-Boas ao carro, o que demonstra que «não tinha nenhum problema com o Villas-Boas».
Pinto da Costa defendeu que «evidentemente» houve uma «instrumentalização» dos acontecimentos da Assembleia-Geral por parte «daquele grupo» e «com a colaboração da Justiça». O ex-presidente revelou ainda que já visitou Fernando Madureira na prisão e afirmou que este «está preso injustamente».
## Acordo de cedência de bilhetes
Quanto ao acordo de cedência de bilhetes entre o FC Porto e a claque 'Super Dragões', Pinto da Costa explicou que «Naturalmente que ele tinha um acordo, em que comprava os bilhetes por X. Cedíamos X bilhetes e depois uns ficavam nas claques e outros creio que vendiam para ganhar algum para as despesas das deslocações. Ele tinha um acordo com o FC Porto desde 1986 que foi cumprido».
## Situação financeira do clube
Sobre a situação financeira do clube, Pinto da Costa desdramatizou as críticas feitas pela nova direção liderada por Villas-Boas. «Dizem que deixámos 8 mil euros na conta, mas o que deixámos são 50 milhões porque vamos ao Mundial de Clubes, um contrato de 60 milhões com a Ithaka, que depois quiseram melhorar o contrato à custa dos sócios, aumentaram os lugares cativos e camarotes significativamente e obviamente que o contrato melhorou... Ainda agora venderam o Evanilson por 37 milhões e isso é património que nós deixámos.»