Treinador alerta para adversidades atmosféricas
O FC Porto precisa de uma rápida ambientação às condições atmosféricas tropicais dos Açores, onde visita o Santa Clara na sexta-feira, em encontro da segunda jornada da I Liga, advertiu o treinador Vítor Bruno.
«É impossível controlar isso. Independentemente das condições que existirem, temos de nos adaptar rapidamente àquilo que o jogo pedir. Depois, se é com sol, chuva ou vento... tivemos condições miseráveis nos quartos de final da Taça de Portugal na época passada e há que garantir sempre uma total integridade física dos elementos que estão lá dentro. Enquanto o jogo puder andar, lá estaremos para dar corpo», apontou o técnico, em conferência de imprensa.
Adversário em grande forma
Os 'dragões' entraram a vencer no campeonato pela quinta temporada seguida, ao imporem-se na receção ao Gil Vicente (3-0), enquanto os açorianos, vencedores da II Liga em 2023/24, regressaram à elite com uma goleada no terreno do Estoril Praia (4-1).
«O adversário vem de uma dinâmica interessante desde a época passada e, se dúvidas houvesse, dissiparam-nas agora. Têm tido um início muito forte, com vitórias sobre equipas de I Liga na pré-época e um triunfo contundente na Amoreira, onde estiveram a perder por 1-0, mas mostraram capacidade para virar resultados. Isso tem muito de autor. Vê-se que o Santa Clara sabe o que faz em campo e tem uma equipa madura e adulta. Vai exigir que entremos em campo equipados com os valores do FC Porto e com total espírito de missão. Isso terá de ser obrigatório para sermos bem-sucedidos no final», projetou Vítor Bruno.
Maus precedentes nos Açores
Sucessor de Sérgio Conceição, com quem trabalhava há 12 anos e foi adjunto do FC Porto nas últimas sete temporadas, mas entrou numa mediatizada rutura laboral, Vítor Bruno recordou as dificuldades enfrentadas pelos 'azuis e brancos' nas últimas visitas aos Açores.
Em 2023/24, no caminho para a conquista da Taça de Portugal pela terceira época seguida, os 'dragões' venceram com reviravolta o Santa Clara (2-1), num encontro disperso por 22 dias, já que as condições atmosféricas adversas e o mau estado do relvado do Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada, motivaram a sua interrupção aos 27 minutos e, por consequência, o adiamento de 07 para 29 de fevereiro.
Segredo está na adaptação
«A capacidade das grandes equipas é adaptarem-se àquilo que o jogo pede. Há adversários que nos pedem para chegar à baliza em dois toques e outros com 20, 30, 40 ou 50. Muito sinceramente, esse pode muito ser o segredo de amanhã [sexta-feira]: perceber em que condições o jogo vai aparecer, saber adaptar rapidamente àquilo que nos está a pedir e fazer perceber os jogadores de que vai ser preciso competir. Só assim poderemos conseguir um bom resultado. Isso é ponto de ordem para nós e tem sido falado durante a semana. Cada segundo terá de ser [disputado] no máximo. É o único caminho que temos para sair com um bom resultado», juntou Vítor Bruno.