O FC Porto anunciou esta quinta-feira a renegociação do contrato com a Ithaka, originalmente assinado pela anterior direção azul e branca no passado mês de abril. Em causa está a exploração comercial do Estádio do Dragão.
Numa adenda, os dragões vão manter a percentagem na Porto Stadco (70 por cento) e aumentar - até 35 milhões de euros - o montante a receber pela venda da participação na empresa, num negócio que poderá atingir um valor total de 100 milhões de euros.
Aumento do valor de venda à Ithaka
A Porto Stadco, recorde-se, foi uma empresa recentemente criada pelo clube da Invicta para exploração de áreas como o Naming, a bilhética e a hospitalidade do estádio.
No imediato, o valor da venda à Ithaka passa de 40 a 50 milhões de euros, chegando à centena caso sejam «cumpridas determinadas métricas de EBITDA nos exercícios financeiros de 2025/26 e 2026/27», como explicou a direção do FC Porto.
Opção de recompra e emissão de dívida
Nesta renegociação, fica também contemplada uma opção de recompra da participação social cedida à Ithaka no final do 10.º e 15.º anos do contrato. Ou seja, nestas datas, o FC Porto pode voltar a deter totalmente a Porto Stadco.
Os dragões passam também a poder emitir dívida com base nos 70 por cento que detém dos direitos económicos da empresa acima referida, através da criação de outra empresa. O intuito é a emissão de obrigações junto dos investidores institucionais.
A direção presidida por André Villas-Boas reitera que o FC Porto mantém o controlo e a gestão do Estádio do Dragão. Com a ajuda da Ithaka, melhorias nos camarotes e na hospitalidade são esperadas já nos próximos dois anos.