Comunicado do FC Porto
A Futebol Clube do Porto, Futebol SAD «lamenta profundamente os incidentes ocorridos no passado domingo, no recinto do Estádio Nacional do Jamor, que envolveram adeptos do FC Porto e as forças de segurança». Em comunicado, a sociedade anónima desportiva (SAD) do clube do Porto disse ter iniciado na quarta-feira «as primeiras diligências junto das forças de segurança, a Polícia de Segurança Pública, e da entidade organizadora da final da Taça de Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol, no sentido de averiguar os factos que originaram os incidentes e a forma como foram debelados».
A SAD do FC Porto manifestou-se «empenhada na defesa da criação de todas as condições para que os seus sócios e adeptos possam assistir a todos os espetáculos desportivos de forma segura» e disponível para «lhes possa prestar a devida defesa».
Detidos e disparos da PSP
No domingo, a PSP anunciou que deteve 11 pessoas durante a operação de segurança da final, todas antes do início do jogo, oito por injúria e ofensas à integregridade física dos polícias, uma por posse de estupefacientes, uma por especulação e uma por arremesso de objetos contra a polícia.
De acordo com a PSP, na situação mais problemática, foi necessário efetuar disparos com balas de borracha para intervir numa «desordem entre adeptos do FC Porto», sendo que parte dos mesmos se virou contra as forças da ordem, «arremessando pedras», acabando alguns por serem detidos.
Críticas da APDA
A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) já tinha criticado a atuação das forças de segurança durante a final da Taça de Portugal no fim de semana. «A resposta da PSP foi desproporcional e excessiva», afirmou a APDA, revelando que «balas de borracha atingiram adeptos em várias partes do corpo, incluindo num olho».
A associação denunciou ainda «bastonadas indiscriminadas, utilização de gás aleatoriamente e, no final, até crianças precisaram de assistência médica». «O cenário de violência foi chocante e inaceitável, especialmente quando se esperava que a polícia mantivesse a ordem e protegesse os cidadãos», criticou a APDA.