O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, assegurou este sábado que é ele quem vai decidir o seu futuro e admitiu ter pensado que a final da Taça de Portugal de futebol possa ser o seu último jogo pelos «dragões».
Na conferência de imprensa de antevisão da final, frente ao Sporting, o técnico afirmou que «mais importante é o jogo da Taça» e que o seu «futuro não está dependente de nenhuma conversa» com o novo presidente do FC Porto, André Villas-Boas.
«Sou eu que decido o meu futuro»
«Quem decide o meu futuro sou eu. E se o meu futuro for sair do FC Porto é com um sentimento de imensa gratidão e de dever cumprido. O meu sentimento é que estive à altura da exigência do FC Porto, à qual fui habituado desde que o meu pai me deixou com 15 anos à frente do Estádio das Antas», disse Sérgio Conceição.
O treinador renovou contrato com o FC Porto a poucos dias das eleições no clube, nas quais Villas-Boas acabou por vencer, derrotando Pinto da Costa, que liderava os «azuis e brancos» há 42 anos, mas afirmou que, se tiver de sair, não quererá qualquer verba extra.
«Saio com a mesma dignidade com que entrei»
«No FC Porto, o contrato não faz o jogador, nem o treinador. Se o meu caminho e o do FC Porto bifurcarem, eu saio com a mesma dignidade que entrei. Se amanhã [domingo] for o meu último jogo, o FC Porto paga-me até amanhã e vou embora sem mais nada. Pagam-me até ao dia que eu trabalhar, a dignidade com que entrei é a mesma com que saio.»
Conceição fez ainda um balanço muito positivo dos sete anos no clube, em que, assegura, o FC Porto voltou «a ter a hegemonia do futebol português».
Três Taças de Portugal
Sobre o facto de se poder tornar no terceiro treinador com quatro Taças de Portugal conquistadas, Sérgio Conceição diz não viver com esse pensamento, pois «faz parte daquilo que são uns anos de muita dedicação, muita paixão, muito sacrifício», muitas horas que faltou à sua família.
«Estou completamente focado e concentrado como se fosse o primeiro título. É com isso que eu vivo, porque o passado é história. Tenho muito respeito pela história de cada uma das pessoas que faz parte do grupo de trabalho, como é o caso do presidente, que conseguiu centenas de títulos. O título mais importante é o que temos amanhã pela frente», assegurou.
