Recordando a época marcante
A 26 de maio assinalam-se 20 anos desde que o FC Porto conquistou a Liga dos Campeões, na sequência do categórico triunfo por 0-3 sobre o Monaco, na Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen, na Alemanha. Uma conquista histórica que ficará para sempre marcada na memória dos portistas.
Na altura, André Villas-Boas, atual presidente do clube azul e branco, integrava a equipa técnica liderada por José Mourinho, e recorda aquela «época verdadeiramente extraordinária». «Estamos a falar de um grupo fantástico, que vinha unido de uma época europeia que já tinha sido extraordinária. Não vale a pena destacar nomes. Em 2002/03, em termos nacionais, vencemos a I Liga, a Taça de Portugal e em termos internacionais a Taça UEFA. Abordar a época seguinte com a mesma ambição e sem deslumbramentos seria obrigatório.»
O segredo do sucesso
Profundo conhecedor dos valores intrínsecos que marcam o FC Porto, André Villas-Boas fala de «trabalho, rigor, dedicação, compromisso com uma massa associativa fantástica» como sendo a «receita» para aquele êxito. «A capacidade de inovarmos em muitas áreas, de estarmos à frente. O 'scouting' é um bom exemplo. Antes dos jogos, cada um dos jogadores recebeu um DVD individual sobre os comportamentos defensivos e ofensivos do jogador que poderia defrontar, sobre os comportamentos da equipa adversária nessa área. À época era algo raro. Depois muitos nos seguiram. Foi fundamental, para nos anteciparmos a adversários de altíssimo nível, para liderarmos. Inovar para liderar.»
Para o atual presidente dos dragões, esses «valores reforçados e ensinamentos que urge recuperar» perduram até hoje.
A festa da conquista
Os festejos da Champions começaram em solo germânico e estenderam-se até aos Aliados, no Porto. «Recordo, como se fosse hoje, o orgulho azul e branco desse dia. Os Aliados não chegavam para todos. No Porto, por todo o país, na diáspora portista, milhares de Dragões choravam de alegria. Conseguimos entregar essa Taça a um Porto em delírio, a um Porto que provava ao mundo do que é feito e ao que está destinado... a vencer!»