À entrada da cerimónia dos 25 anos da casa do FC Porto em Espinho, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, sublinhou a importância da liberdade de expressão no futebol português, comparando-a à falta de um 25 de abril no desporto. Durante a celebração, Pinto da Costa destacou a forma como os castigos são utilizados para silenciar opiniões e factos, reforçando a necessidade de um ambiente mais aberto e democrático no meio futebolístico.
Falta de Liberdade e Necessidade de Abertura
Pinto da Costa afirmou: «Falta um 25 de Abril no futebol. O 25 de Abril foi feito para dar liberdade, liberdade de expressão. Uma coisa é insultar as pessoas, isso vai contra a liberdade das pessoas. Agora, no futebol, dar uma opinião ou mostrar desacordo contra factos concretos dá castigos… repito, falta um 25 de Abril no futebol», expressando a sua preocupação com as restrições à liberdade de expressão no desporto.
O presidente dos dragões também abordou a questão dos castigos como forma de condicionamento dos intervenientes do futebol, referindo um caso pessoal: «Quando no Estoril eu disse que o VAR não devia ter intervindo, o árbitro esteve mal e depois levei um processo por ter dito isso. Passados uns dias, o conselho de arbitragem vem dizer que o VAR não devia ter intervindo. Se calhar agora vão colocar um processo ao conselho de arbitragem…».
História e Envolvimento
Pinto da Costa, prestes a completar 42 anos de presidência do FC Porto, fez uma viagem ao passado durante a cerimónia dos 25 anos da casa do FC Porto em Espinho, realçando a importância da união da massa associativa do clube e relembrando momentos marcantes da sua liderança. O presidente dos dragões enfatizou a conquista da Liga dos Campeões em 1987 como o título mais significativo de todos os seus anos à frente do clube, sublinhando a superação das expectativas europeias nesse feito histórico.
Compromisso Diário
Por fim, Pinto da Costa desvalorizou a proximidade das eleições e reforçou o seu compromisso diário com o FC Porto: «Quando me levanto, agradeço a Deus mais um dia de vida, de boa saúde. Todos nós sentimos isso, ainda mais à medida que o tempo avança sentimos mais, mas levanto-me com vontade e força para fazer o meu papel. No FC Porto, todos os dias são importantes. Todos os dias existem problemas para resolver ou quase todos os dias existe um jogo de uma modalidade, no qual queremos vencer. São todos importantes.»