O antigo guarda-redes Andoni Zubizarreta, uma verdadeira lenda do futebol espanhol com 622 jogos na primeira divisão, partilhou detalhes fascinantes sobre a sua carreira e a influência revolucionária de Johan Cruyff no Barcelona, onde jogou entre 1986 e 1994. Atualmente colaborador do
El País, Zubizarreta revelou que, apesar de se dedicar a escrever sobre futebol, também encontra tempo para desfrutar do jogo como adepto, salientando a diferença na abordagem entre a análise profissional e a paixão de torcedor.

Colaboração com André Villas-Boas

Falando sobre a sua parceria com André Villas-Boas no Marselha, Zubizarreta teceu elogios ao treinador português, destacando a sua inteligência futebolística e caráter excepcional. Zubizarreta realçou a importância de discussões não só sobre futebol, mas também sobre outros temas, enriquecendo assim o seu conhecimento. A convivência com Villas-Boas permitiu-lhe crescer profissionalmente, sublinhando a diversidade de interesses do técnico.

Formação de talento e competitividade no futebol francês

O ex-guarda-redes também abordou a formação de talento no futebol francês, comparando-a com a realidade em Portugal. Destacou a tendência dos talentos franceses em sair do país precocemente e a diversidade cultural que contribui para a adaptação dos jogadores ao futebol europeu. Zubizarreta analisou ainda as semelhanças e diferenças nos estilos de jogo entre França e Portugal, enfatizando as virtudes físicas e técnicas dos jogadores de cada país. Sobre a hegemonia do PSG na Ligue 1, Zubizarreta reconheceu o impacto mediático do clube, mas ressaltou a competitividade da liga francesa, demonstrando equilíbrio e desafios constantes para os grandes clubes.

O papel do diretor desportivo

No que toca ao papel de diretor desportivo, Zubizarreta sublinhou a importância de compreender as necessidades específicas de cada clube e desenvolver uma cultura futebolística abrangente. Destacou a criação de infraestruturas, a formação de jovens jogadores e a comunicação eficaz do projeto do clube como elementos essenciais. Quanto à influência dos treinadores nas contratações, Zubizarreta enfatizou a colaboração entre o diretor desportivo e o técnico na seleção de jogadores, crucial para o sucesso da equipa.