Na apresentação de parte da equipa e programa da candidatura de Nuno Lobo às eleições do FC Porto, agendadas para 27 de abril, foram feitas declarações relevantes por membros da lista. Luís Barradas, candidato à presidência da Mesa da Assembleia Geral, destacou a importância de respeitar a instituição FC Porto, afirmando: «O clube é uma referência nacional e internacional, uma marca que tem de ser respeitada. Para sermos respeitados, temos de nos dar ao respeito, é essencial que o FC Porto seja visto como uma instituição credível, em que as pessoas estão ao serviço do clube.» Por sua vez, Heleno Roseira, candidato a presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, abordou a delicada situação financeira do clube, mencionando a possibilidade da abertura do capital da SAD: «A abertura do capital da SAD poderá ser uma tentação, mas esta lista compromete-se a nunca alienar a maioria. O futuro é agora, vivemos o momento mais fulcral da história do clube.»
Visão de Nuno Lobo
Nuno Lobo, também candidato às eleições, fez referência a questões desportivas e financeiras durante a apresentação da sua candidatura. Sobre a gestão do clube, Lobo destacou a importância de não depender excessivamente da entrada na Liga dos Campeões: «O FC Porto depende muito da entrada na Champions e tem sido uma marca de sucesso entrar sempre na competição. Quando o clube falha, é um 'ai Jesus'. Não queremos estar continuamente a depender destes valores de entrada na Champions.» Além disso, abordou a necessidade de reestruturar a dívida do clube e valorizar os jogadores para garantir a sustentabilidade financeira: «Todos os anos temos de vender um jogador só para pagar os juros. Junto dos credores, temos de conseguir taxas de juro mais acessíveis. Temos de tentar reestruturar e renegociar a dívida. Contas sólidas trazem credibilidade junto da banca.»
Gestão Desportiva e Financeira
Nuno Lobo também fez menção à importância de acabar com práticas desfavoráveis ao clube, como cláusulas de rescisão elevadas e a saída de jogadores a custo zero: «Temos vários casos em que o clube rival põe cláusulas astronómicas num jogador banal. Todos os anos temos jogadores a sair a custo zero, isto tem de acabar, assim como ir buscar jogadores que bateram a porta.» Além disso, propôs a limitação de mandatos na presidência do FC Porto e a igualdade de direitos para todos os sócios: «Queremos acabar com a categoria de sócio correspondente. Quem vive mais longe tem de ter os mesmos direitos de quem tem a sorte de viver no Porto.»
Conclusão Eleitoral
As eleições do FC Porto prometem ser um momento crucial para o futuro do clube, com os candidatos a apresentarem diferentes visões e estratégias para enfrentar os desafios financeiros e desportivos. A decisão dos sócios no dia 27 de abril irá determinar o rumo que o FC Porto tomará nos próximos anos, com questões como a abertura do capital da SAD e a gestão financeira a serem temas centrais nas discussões eleitorais.