O presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, considerou o parecer negativo da CCDRN sobre a viabilidade da academia do FC Porto no concelho como um não assunto. Em declarações após a reunião do executivo municipal, Tiago afirmou: Isto é um não assunto, para já. A venda dos terrenos para a construção da academia foi aprovada em hasta pública, apesar dos votos contra do PS, por 3,36 milhões de euros.
Parecer da CCDRN questiona viabilidade do projeto
De acordo com o Jornal Record, o parecer negativo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) questiona a viabilidade do projeto, destacando que a construção dos campos de jogos implicaria a destruição de uma área com vestígios arqueológicos desde o Neolítico até a Idade do Bronze. O autarca explicou que o parecer da CCDRN é necessário apenas aquando da apresentação do projeto, não durante o estudo da unidade de execução.
Apesar das preocupações levantadas, António Silva Tiago assegurou que o projeto não será colocado em banho-maria, enfatizando a importância de estudar os vestígios arqueológicos. O autarca afirmou que não há um plano B para os terrenos, mas que o projeto do Parque Metropolitano da Maia, onde a academia está inserida, continua a avançar.
Importância do Parque Metropolitano da Maia
O projeto do Parque Metropolitano da Maia, que abrange mais de 350 hectares, inclui uma área para um 'campus' tecnológico, residência sénior e duas zonas desportivas que poderão acolher os centros de estágio do FC Porto e do Boavista. António Silva Tiago enfatizou: Não há plano B. O projeto vive sem nenhuma academia, seja do Porto seja do Boavista, seja de quem for. Não há plano A, nem plano B. O autarca também mencionou que a autarquia não negociará com privados os terrenos necessários para o projeto do Boavista.
Compromisso com o projeto da academia do FC Porto
Em julho, a autarquia aprovou por unanimidade o programa estratégico para o futuro Parque Metropolitano da cidade, que inclui a construção da academia do FC Porto. O projeto da academia na Maia prevê um estádio com capacidade para 2.500 espetadores, nove campos relvados, um campo de futebol de sete, uma zona técnica desportiva e a Casa do Dragão, espaço residencial para atletas do clube.
Apesar das incertezas levantadas pelo parecer negativo da CCDRN, António Silva Tiago reiterou o compromisso com o projeto e a importância de estudar os vestígios arqueológicos antes de avançar com a construção da academia do FC Porto na Maia.