A condenação de César Boaventura, pelo Tribunal de Matosinhos, a uma pena de prisão suspensa de três anos e quatro meses, por crimes de corrupção ativa no desporto, foi objeto de comentários por parte de Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do FC Porto.
Marques utilizou as redes sociais para expressar a sua opinião sobre o caso e recordou palavras proferidas em 2017, no Porto Canal, questionando a forma como a justiça desportiva tem tratado casos de corrupção.
'Quase sete anos depois foi condenado o menos culpado. Até quando se vai fingir que nada aconteceu? Até quando a justiça desportiva vai continuar a maltratar a verdade desportiva? Até quando a enorme quantidade de comentadores de futebol vai continuar a ser cúmplice', escreveu Marques.
O diretor de comunicação do FC Porto lamentou ainda o facto de apenas agora César Boaventura ter sido condenado, apesar de já terem passado vários anos desde as acusações.
'Fui eu e o Diogo Faria condenados por dizermos que o rei ia nu e só agora a marioneta de um gigantesco esquema de corrupção desportiva é condenado. Os beneficiados continuam intocáveis, porque há muito que capturaram o país. Oxalá o FC Porto nunca se renda', concluiu Marques.
César Boaventura foi condenado por aliciar ex-jogadores do Rio Ave, antes de defrontarem o Benfica, na época 2015/16. No entanto, o tribunal ilibou-o do crime de corrupção em forma tentada ao antigo jogador do Marítimo, Romain Salin.
Além da pena de prisão suspensa, Boaventura terá de pagar 30 mil euros a uma instituição de solidariedade social ou de promoção do desporto, e ficará impedido de exercer atividade profissional como agente de jogadores durante dois anos.