O FC Porto está a atravessar uma crise financeira preocupante. O resultado líquido do clube nos últimos dez anos foi de 250 milhões de euros negativos, o que representa uma média anual de 25 milhões de euros. Esta situação resultou num passivo de 530 milhões de euros e numa dívida financeira de 310 milhões de euros. Esta análise foi apresentada por José Pedro Pereira da Costa, CFO eleito pelo candidato à presidência, André Villas-Boas.
Pereira da Costa destacou várias questões que precisam ser respondidas antes de avançar com uma reestruturação financeira. Ele questionou por que o FC Porto registou apenas 7% das vendas de passes de jogadores nos últimos seis anos, enquanto os principais rivais registaram percentagens muito mais altas. Além disso, ele mencionou a diferença nas receitas de bilheteira e merchandising entre o FC Porto e os rivais, bem como as despesas de representação e outros fornecimentos externos.
Pereira da Costa é um gestor financeiro com experiência em empresas como PT, ZON e NOS. Ele destacou-se na área da venda de direitos televisivos e foi administrador não executivo da Sport TV.
A situação financeira preocupante do FC Porto tem sido um dos principais pontos de discussão durante a campanha eleitoral. André Villas-Boas, candidato à presidência do clube, também comentou sobre a falta de transparência e a gestão gasta que contribuíram para a atual crise. Villas-Boas enfatizou a importância do voto dos portistas nas eleições de abril para promover a mudança no clube.