Numa noite conturbada, a Assembleia Geral do FC Porto foi palco de tensões e ameaças. Membros da claque Super Dragões intimidaram e insultaram todos aqueles que demonstraram apoio ao ex-treinador André Villas-Boas, que estava a considerar concorrer à presidência do clube. As provocações, que incluíram ameaças de violência física, chamaram a atenção dos procuradores presentes no local. Agora, a revista 'Sábado' revela que este episódio foi apenas uma pequena amostra do que se passava nas Casas do FC Porto. Segundo a investigação, a claque utilizava esses locais como pontos de angariação de bilhetes, que depois eram vendidos no mercado negro. Esta atividade ilícita teria permitido ao líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, enriquecer de forma suspeita. As Casas do FC Porto, que são supostas ser um local de encontro para os adeptos, tornaram-se assim um centro de negócios obscuros. A revista 'Sábado' detalha como este esquema funcionava: "Os membros dos Super Dragões usavam o seu acesso privilegiado às Casas do FC Porto para obter bilhetes que depois vendiam a preços inflacionados no mercado negro. Este negócio ilegal permitiu-lhes obter lucros significativos e enriquecer de forma ilícita". Para além do negócio dos bilhetes, as Casas do FC Porto serviam também como plataforma de pressão e intimidação. Segundo a 'Sábado', a presença dos Super Dragões nas Casas do FC Porto garantia a lealdade e o silêncio dos funcionários e associados. Aqueles que ousassem questionar o esquema eram alvo de ameaças e represálias. Este retrato sombrio das Casas do FC Porto levanta sérias questões sobre a integridade e transparência do clube. O envolvimento dos Super Dragões neste esquema ilícito coloca em causa a imagem do FC Porto e coloca pressão sobre as autoridades para agirem em consequência. É essencial que sejam tomadas medidas rigorosas para combater este tipo de comportamento e garantir que o futebol está livre de atividades ilegais."