Fernando Madureira chegou hoje ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para prestar declarações no âmbito da Operação Pretoriano. O líder da claque Super Dragões está sendo acusado de preparar o ataque à Assembleia Geral do FC Porto, ocorrida em novembro do ano passado. Durante a AG, vários sócios foram intimidados e agredidos devido às suas opiniões divergentes sobre a liderança do clube.
O juiz Pedro Miguel Vieira irá confrontar Madureira com vídeos captados durante a Assembleia Geral e mensagens de telemóveis apreendidos aos arguidos. O Ministério Público possui novas provas que atestam a premeditação do uso de violência durante o evento.
Além de Madureira, Fernando Saul, o oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, também está prestando declarações. A expectativa é que as medidas de coação sejam anunciadas em breve.
Até agora, dos 12 elementos detidos, três já foram libertados, sendo eles Tiago Aguiar, António Moreira de Sá e Carlos 'Jamaica' Nunes. Os restantes aguardam as medidas de coação.
A Operação Pretoriano trouxe à tona novos elementos de prova, como mensagens de áudio, vídeo e texto encontradas nos telemóveis dos arguidos. Esses conteúdos confirmam a premeditação do ataque e foram associados ao processo.
O líder da claque Super Dragões não forneceu os códigos de acesso ao seu equipamento, mas as conversas incriminatórias teriam sido descobertas no telemóvel de Vítor Catão, ex-presidente do São Pedro da Cova. Catão, no entanto, optou por manter-se em silêncio.
A defesa dos detidos aguarda por mais esclarecimentos e a possibilidade de novos interrogatórios foi colocada em cima da mesa. A advogada Cristiana Carvalho afirmou que alguns arguidos podem ser chamados novamente para prestar declarações.
Aguarda-se agora a decisão do juiz Pedro Miguel Vieira sobre as medidas de coação dos envolvidos.