Treinador do 17º classificado quer eliminar "más fases"
Tozé Marreco, treinador do Farense, disse hoje estar confiante numa «grande resposta» da sua equipa, sem margem para mais más fases, na receção de domingo ao FC Porto, da 22ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
O técnico do 17º e penúltimo classificado do campeonato, a viver ciclos de seis jogos sem vencer e três derrotas consecutivas, salientou que «nem uma nem outra equipa atravessam uma fase boa», mas espera que os seus jogadores deem uma grande resposta.
Farense não tem "margem para mais más fases"
«Sabemos que o favorito está do outro lado, isso é inegável, pelo poderio, pela qualidade que tem. Agora, o jogo está muito longe de estar resolvido», reforçou Tozé Marreco, na antevisão à partida marcada para o Estádio Algarve, onde os algarvios recebem os chamados 'grandes' esta temporada.
O treinador do Farense colocou o seu lugar à disposição, após a derrota caseira (0-2) com o Nacional, mas recebeu um voto de confiança da administração da SAD, tendo considerado que o seu lugar está sempre «muito ligado» aos resultados.
«Nós não temos margem para mais más fases, para jogos sem pontuar, nós não temos esta margem, infelizmente. O meu exame de consciência, a minha responsabilidade, a minha maturidade – a palavra certa é responsabilidade – exige-me sempre que, primeiro, não minta, que diga sempre a verdade, que lide com ela, e que esteja sempre disponível para as decisões de quem manda», referiu.
Farense quer ser mais efetivo no ataque
Tozé Marreco admitiu que, no plano defensivo, a sua equipa não tem tido «os níveis de agressividade muito altos, de atenção, de concentração», que já evidenciou, embora continue a permitir «muito pouco» em termos de ocasiões ao adversário, e que precisa de alterar o que faz com bola, acrescentando que os reforços de janeiro vão permitir ao Farense ser mais efetivo no ataque.
Analisando o adversário de domingo, o técnico observou uma «alteração significativa daquilo que era o FC Porto de Vítor Bruno», face à chegada do treinador argentino Martín Anselmi, nomeadamente com a introdução de uma linha de três centrais «extremamente ofensiva».
«Sabemos o que procuram, o estilo de jogo que querem, uma equipa que tem uma primeira fase de construção muito bem definida, altera o '3-4-3' com o '3-5-2'. Muita projeção dos laterais, os laterais a cruzarem e subiram de forma substancial o número de cruzamentos, também. Portanto, sabemos o que vamos encontrar e estamos preparados para isso», explicou, pedindo à sua equipa para «manter os níveis de competitividade e agressividade altíssimos».