A controvérsia do VAR na arbitragem do futebol português

  1. Árbitro Tiago Martins manteve decisão de assinalar penálti no Farense-Sporting, apesar da discordância do VAR Fábio Veríssimo
  2. No Moreirense-Benfica, golo de Gabrielzinho foi anulado após intervenção do VAR Vasco Santos por uma falta leve na jogada
  3. João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, discordou das decisões tomadas nos lances analisados
  4. Episódios evidenciam a complexidade e subjetividade na aplicação do VAR no futebol português

O programa «Juízo Final», da SportTV+, analisou recentemente alguns lances controversos envolvendo a utilização do VAR (Video Assistant Referee) no campeonato português. As decisões dos árbitros em campo, mesmo após a intervenção do VAR, geraram discordância e debate sobre a aplicação desta tecnologia.

Estes episódios reacendem o debate sobre a eficácia do VAR e a necessidade de aprimorar a sua aplicação, de modo a reduzir a subjetividade das decisões e promover uma maior consistência e transparência no processo arbitral do futebol português.

Farense-Sporting: Penálti Mantido Apesar de Discordância do VAR


No jogo entre Farense e Sporting, aos 37 minutos, o árbitro Tiago Martins assinalou grande penalidade a favor dos leões, por alegada mão na bola de Lucas Áfrico dentro da área dos algarvios. No entanto, o VAR, Fábio Veríssimo, discordou da decisão.

Nas conversas entre os dois, divulgadas no programa, Veríssimo recomendou a Tiago Martins que fosse rever as imagens, pois «o jogador [Lucas Áfrico] tem o braço numa posição natural e há um desvio no atacante, imediatamente antes». Após analisar as imagens, Veríssimo afirmou: «Bate na coxa [de Pedro Gonçalves] e desvia para o cotovelo [de Lucas Áfrico].» Porém, Tiago Martins manteve a sua decisão, argumentando: «Para mim o braço está muito aberto». João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, analisou o lance e discordou da decisão final: «Se olharmos para o lance, nós não gostaríamos que este penálti fosse assinalado. O defesa está parado, a evitar que o atacante se vire, ele não faz nenhum gesto... A bola sofre um desvio de trajetória em cima do defesa e esta acaba por bater no braço. Na prática, diria que este lance não tem nada de penálti.»

Moreirense-Benfica: Golo Anulado por Falta Leve


Já no jogo entre Moreirense e Benfica, aos 45+1 minutos da primeira parte, Gabrielzinho marcou para a equipa da casa, mas o golo foi anulado após intervenção do VAR, Vasco Santos.

Nas conversas entre o árbitro André Narciso e o VAR, Vasco Santos pediu que Narciso fosse rever as imagens, pois havia uma falta na fase de ataque da jogada que originou o golo. Após analisar as imagens, Narciso constatou que «Ele pisa-o [pisa Leandro Barreiro] e tira-o da jogada». No entanto, João Ferreira considerou que «Este lance tem um pisão, mas um pisão sem gravidade, sem perigo... mas que é falta. É falta, tira o jogador do Benfica da jogada e aquele jogador, com aquela infração, tira a bola e constrói a jogada do golo. O VAR detetou a infração, mostrou o facto e não restou outra opção que não fosse anular o golo.»

A Subjetividade das Decisões do VAR


Estes casos evidenciam a complexidade na interpretação de lances envolvendo o VAR e a dificuldade em alcançar consenso entre árbitros e especialistas. Apesar da tecnologia, as decisões finais continuam a gerar controvérsia e debate, revelando a subjetividade inerente à aplicação das regras do jogo.

«Mostra a certeza dos videoárbitros, e aqui o Fábio Veríssimo estava convicto. A prova é: a bola bateu no braço? Bateu. O braço estava junto ao corpo? Não. Entramos aqui naquilo que é a amplitude de diferença de opinião e neste caso o Tiago manteve a sua decisão, gostávamos que fosse outra, em campo principalmente», explicou João Ferreira sobre o lance do Farense-Sporting.

A Necessidade de Aprimorar a Aplicação do VAR


Estes episódios reacendem o debate sobre a eficácia do VAR e a necessidade de aprimorar a sua aplicação, de modo a reduzir a subjetividade das decisões e promover uma maior consistência e transparência no processo arbitral do futebol português.

«Estes casos evidenciam a complexidade na interpretação de lances envolvendo o VAR e a dificuldade em alcançar consenso entre árbitros e especialistas. Apesar da tecnologia, as decisões finais continuam a gerar controvérsia e debate, revelando a subjetividade inerente à aplicação das regras do jogo.»

Carlos Carvalhal prepara encontro com o Casa Pia

  1. Carvalhal afirma que o jogo com o Casa Pia será de «grau de dificuldade idêntico ao último»
  2. Treinador do Sporting de Braga apela aos adeptos para ajudarem a equipa a evoluir
  3. Equipa do Braga tem tido melhor desempenho fora de casa do que dentro de portas
  4. Carvalhal reconhece interesse em Fran Navarro, jogador do FC Porto

Casa Pia mira continuidade positiva frente ao Sp. Braga

  1. Casa Pia chega à 16.ª jornada da I Liga numa fase positiva, com três jogos sem perder e duas vitórias consecutivas
  2. João Pereira definiu como objetivo «deixar uma marca» na visita ao terreno do Sp. Braga
  3. Casa Pia ocupa o sétimo lugar da classificação, com 20 pontos

Coelho, a ascensão do avançado do Boavista que se tornou internacional

  1. Formado no FC Porto, onde ainda foi sénior na época 1980/81
  2. Notabilizou-se sobretudo no Boavista, onde jogou durante 8 épocas
  3. Conquistou 8 internacionalizações pela Seleção Nacional Portuguesa
  4. Marcou 2 golos pela Seleção, em empates contra Suécia e Grécia
  5. O presidente Valentim Loureiro foi uma figura decisiva no seu percurso no Boavista
  6. Conquistou a Taça de Portugal em 1991/92, com Manuel José como treinador
  7. Atualmente é dono de uma pousada no Brasil, na zona de Recife

Marco Caneira e Vítor Bruno relembram momentos-chave em dérbis de Sporting-Benfica e FC Porto-Boavista

  1. Marco Caneira considera que o penálti sobre Jardel em 2001 não deveria ter sido marcado
  2. Vítor Bruno teve duas vitórias expressivas sobre o Boavista como substituto de Sérgio Conceição
  3. Duarte Gomes, árbitro do jogo de 2001, cometeu «erros graves» segundo a crónica do Record
  4. O Sporting «não desaprendeu» após a saída de Ruben Amorim, na opinião de Caneira

Zalazar recupera brilho e solidez no Braga após período de recuperação

  1. Rodrigo Zalazar demorou a recuperar e a afinar a sua resistência e envolvimento no jogo ofensivo, fazendo o Braga sentir largos jogos a sua ausência
  2. Espera para que o uruguaio voltasse a reunir indicadores físicos e astral luminoso no sistema da equipa, entretanto alterado sem recuo para um 3x4x3
  3. Zalazar voltou a mostrar arcaboiço para 90 minutos, algo que não se verificava desde 22 de agosto, quando havia sido decisivo numa vitória em casa sobre o Rapid Viena
  4. Recentes apontamentos de Zalazar dizem que o médio-ofensivo recuperou o brilho e a solidez, podendo dar outra dimensão e clarividência a uma equipa que tem acusado sérias dificuldades de consistência exibicional

Sporting, o cemitério de treinadores

  1. O Sporting trocou de treinador 65 vezes nos últimos 50 anos, com cada um a durar em média 280 dias (10 meses)
  2. Apenas 8 treinadores realizaram 60 jogos consecutivos no Sporting
  3. Diversos treinadores campeões nacionais noutros clubes não repetiram o feito no Sporting
  4. O Sporting apostou muito em ex-jogadores como treinadores, mas apenas 3 foram campeões nacionais
  5. Desde 1974, apenas 17 treinadores iniciaram e concluíram uma mesma época no Sporting, e só 5 o fizeram em duas épocas seguidas