Apesar das vicissitudes que têm marcado a temporada do FC Porto, Nehuén Pérez tem sido uma figura de relevo na equipa. Ainda que tenha tido algumas exibições menos conseguidas, o central argentino, cedido pela Udinese, conquistou a confiança inicial de Vítor Bruno e manteve-se como opção preferencial com a chegada de Martín Anselmi.
“Pela competência dele, não tenho quaisquer dúvidas de que vai muito a tempo de ser o patrão da defesa do FC Porto. Em termos técnicos, táticos, emocionais e competitivos, encaixa perfeitamente na imagem do clube que representa”
, assinala João Pedro Sousa, treinador que orientou Nehuén Pérez no seu primeiro clube em Portugal, o Famalicão.
Versatilidade como trunfo
Sousa destaca ainda as características do jogador que o tornam uma opção válida para qualquer uma das posições do trio de defesas de Anselmi: “Vejo-o a jogar no FC Porto pela direita, vi-o no meio e até já o vi sobre a esquerda, na Udinese. Tem recursos para qualquer uma das três posições. Tem uma qualidade que, a nível ofensivo, é difícil de encontrar num central”
.
Apesar de algumas críticas, os desempenhos positivos de Pérez têm sido mais do que os negativos, algo que sustenta a “crença de quem o conhece bem”
. “Quer ganhar muitas coisas e gosta de desafios exigentes. Está no contexto que se enquadra na personalidade dele”
, frisa João Pedro Sousa.
Adaptação em curso
Após boas campanhas no Granada e em Itália, o regresso de Nehuén Pérez a Portugal gerou grande expectativa entre os adeptos portistas, havendo inclusivamente comparações desajustadas
com Pepe, algo que João Pedro Sousa considera injusto
.
“O Nehuén conhece perfeitamente a nossa liga, mas veio do futebol italiano e de um clube com uma forma de jogar completamente diferente da do FC Porto. A Udinese não luta por títulos, o FC Porto sim. Isso requer adaptação, não só da parte do Nehuén, mas também de colegas dele, até porque houve alterações profundas no plantel do FC Porto”
, ressalva o técnico.