José Nuno Azevedo, ex-futebolista do Braga, destacou a importância da estabilidade e do reforço do plantel para o sucesso do clube. “Se queremos ser campeões nacionais e lutar por troféus, não é a libertar os melhores ou os mais experientes que isso pode acontecer. De qualquer modo, faz parte. O problema é o clube conseguir o que já fez: comprar barato e bom para, depois, vender caro,” afirmou Azevedo. Esta é uma mensagem clara sobre a necessidade de manter a qualidade e a experiência na equipe enquanto se promove a formação de jovens talentos.
Azevedo analisou a última temporada do Braga, enfatizando que o clube ficou em “quarto lugar” pela 18.ª vez, o que ele considera uma classificação normal. “O Sporting de Braga teve uma primeira volta complicada, em que cedeu vários pontos e condicionou muito a época. Depois, fez uma segunda volta mais de acordo com as suas capacidades, mas claudicou inesperadamente na parte final e perdeu a oportunidade de entrar direto na Liga Europa. Foi a falha desta época,” sinalizou. Esse contraste entre a primeira e a segunda volta da época indica as potencialidades do Braga, mas também as falhas que precisam ser corrigidas.
A possibilidade de crescimento do Braga
Referindo-se ao trabalho do treinador Carlos Carvalhal, que voltou ao Braga para a sua terceira passagem, Azevedo afirmou: “Se lhe forem dadas as condições para poder fazer crescer o Sporting de Braga, pode ser o homem certo no lugar certo.” A contratação de recém-chegados, como Francisco Chissumba e Lukás Hornícek, indicam que o Braga tem um potencial vasto na juventude, mas Azevedo alerta que “obter grande sucesso só com base na formação é utópico.” Para isso, ele ressalta a importância de se integrar os jovens talentos com jogadores experientes.
Desafios do Benfica na Liga dos Campeões
Enquanto isso, o Benfica está a preparar-se para uma nova época na Liga dos Campeões, onde tem como objetivo passar pelas pré-eliminatórias. Os possíveis adversários na terceira pré-eliminatória, que incluem o Nice e o Fenerbahçe, trazem desafios variados. O Benfica, atualmente vice-campeão, é um dos cabeças-de-série, aumentando as suas chances de sucesso. No entanto, terá que vencer duas eliminatórias para chegar à fase de grupos.
“Certo é também que evita o Feyenoord, que também será cabeça-de-série. Já o Fenerbahçe ainda pode ser, ou não, cabeça-de-série na terceira pré-eliminatória, dependendo de quem for o vice-campeão belga e/ou os três apurados da segunda pré-eliminatória,” explicou sobre as repercussões do coeficiente entre os clubes. A estrutura e a estratégia do Benfica na Europa dependem de como navegar estas eliminatórias.
Expectativas para a nova temporada
O sorteio da terceira pré-eliminatória está agendado para 21 de julho, e a fase jogará a 5/6 de agosto, com a segunda mão a ocorrer a 12 de agosto. A pressão está sobre o Benfica para assegurar uma viagem bem-sucedida na Liga dos Campeões, e Azevedo acredita que o Braga deve aprender com as dificuldades da última temporada e reforçar o seu plantel. “Há que reforçar e consolidar um plantel forte, que possa competir ao nível dos melhores. Isso é a base,” concluiu.
O futuro do Braga e do Benfica repousa em suas decisões estratégicas e na gestão dos seus elencos para a próxima temporada, cujo rumo promete ser desafiante e repleto de expectativas.