Uma primeira parte aquém das expectativas
Em disputado jogo na Cidade do Futebol, em Oeiras, e com o rótulo de favorita, a selecção portuguesa entrou em campo algo desconcentrada e cedo a equipa do País de Gales aproveitou esse desnorte português. «Numa saída falhada para o ataque, a defesa portuguesa entregou a bola em zona central e Nia Lewis viu Leonor Serralheiro adiantada e atirou para o primeiro das britânicas», explicou o treinador Carlos Sacadura. O golo abalou a equipa lusa e o País de Gales, com alguma surpresa, tomou conta do jogo, fazendo o 2-0 à passagem da meia hora em mais uma falha da defesa portuguesa. «Gales cobrou um livre no flanco direito e Inês Serralheiro abordou muito mal o lance e deixou a bola à mercê de Layla Drury, que não teve dificuldade em encostar para o 2-0», lamentou o selecionador.
Uma segunda parte de sonho
Depois da primeira parte apática, a equipa de Portugal que entrou em campo para a segunda parte foi outra. Completamente transfigurada, a equipa orientada por Carlos Sacadura teve 15 minutos de grande qualidade e fez a reviravolta no jogo e no resultado. «Aos 52, Carolina Tristão fez o 2-1, e no minuto seguinte Eva Carreira empatou a partida em mais uma grande jogada coletiva selada com um remate cruzado de pé esquerdo», recordou o técnico.
A épica reviravolta concretizada
Feito o mais difícil, Portugal não baixou a intensidade e, aos 61 minutos, consumou a reviravolta, «numa grande penalidade convertida pela capitã Carolina Simões». O 4-2 chegou também «pelo pé direito da capitã Carolina Simões, novamente na cobrança de uma grande penalidade ganha por Eva Carreira, que fechou a contagem e fez o 5-2 já em tempo de compensação na recarga a uma bola perdida na área galesa após um pontapé de canto», explicou Carlos Sacadura.
Com este triunfo, Portugal partilha a liderança do grupo A1 com a Suíça, ambas com seis pontos, mas garantiu desde já a presença na próxima fase e a manutenção na Liga A. Portugal, que procura estar pela quarta vez na fase final do Europeu sub-17 feminino, que se disputará nas Ilhas Faroé, em 2025, vai jogar na próxima terça-feira com a Suíça para discutir o primeiro lugar neste Grupo A1, bastando-lhe o empate para o conseguir em virtude da maior diferença de golos face às helvéticas.