Paulo Oliveira, defesa central do SC Braga, deu uma entrevista ao canal do clube, a Next, onde abordou diversos temas relacionados com a temporada do clube minhoto na Liga Bwin.
O internacional português revelou as ambições do Braga para o final da época, as mudanças após a saída do treinador Artur Jorge e a chegada de Rui Duarte, e ainda destacou a sorte que teve com os treinadores que teve ao longo da carreira.
Objetivos definidos pelo presidente do Braga
O nosso presidente sempre que acha necessário e de uma forma até é assídua, fala connosco. Não sei se é público ou não, mas acho que também não será nada que... Não estarei a cometer nenhuma inconfidência. Ele tinha-nos proposto fazer pelo menos o mesmo resultado ou superar a época passada, porque sabemos que nesta época os acessos europeus também são diferentes. Temos de ser ambiciosos, o clube está a tentar fazer esse caminho e temos de fazer parte dele e queremos fazer parte dele.
explicou o defesa.
Segundo Paulo Oliveira, o objetivo do SC Braga é chegar ao terceiro lugar da Liga Bwin, algo que o presidente António Salvador pediu no início da temporada. O terceiro lugar ou mais, até, por força das alterações no acesso às competições europeias
, afirmou.
Análise da derrota com o Benfica
Sobre a derrota frente ao Benfica, na Luz, Paulo Oliveira considerou que a primeira parte da equipa foi bastante competente
, conseguindo criar algum perigo junto da baliza do Benfica
. No entanto, na segunda parte, a equipa ficámos um bocadinho aquém daquilo que era tentar assumir um bocadinho o jogo
.
O central admitiu que nos momentos em que o Braga poderia ter um bocadinho mais calma, poderíamos ter controlado o jogo de outra maneira
. São coisas que com o tempo temos de aprender e assimilar
, frisou.
Olhar para a frente e não ser ultrapassado
Questionado sobre a luta pelo terceiro lugar, Paulo Oliveira afirmou que o Braga Temos de olhar sempre para cima, sem dúvida, mas isto é como uma corrida, acho eu, não sou piloto, mas penso que temos de olhar para a frente e ao mesmo tempo não queremos ser ultrapassados.
O defesa revelou que De uma coisa temos a certeza, que se ganharmos os três jogos alcançamos o terceiro lugar. Temos de ser competentes para isso, e temos de querer mais do que os outros, porque sabemos que são duas equipas, no caso desta nossa luta a três, são duas equipas que pelo seu estilo querem muito, e nós queremos muito também, portanto, vai ser equilibrado, na minha opinião.
O dérbi minhoto
Sobre o dérbi minhoto com o Vitória de Guimarães, Paulo Oliveira, que já viveu o jogo dos dois lados, afirmou que quem não perde o foco do jogo, normalmente, está mais perto de vencer.
O central admitiu que as emoções estão à flor da pele
neste tipo de jogos, com as picardias, entre aspas, e no bom sentido que há nesse jogo
, que podem levar a numa lance haver uma expulsão, um lance mais desmedido que pode fazer o resultado cair para um lado ou para o outro
. No entanto, Oliveira considerou que é um jogo fantástico de se viver, de se jogar.
Os nove pontos finais
Sobre os nove pontos que faltam disputar, Paulo Oliveira explicou que Temos nove pontos a disputar, seis deles contra adversários diretos para os objetivos que ainda temos na época. E no futebol, muitas vezes, o final é que conta, vamos ver como é que terminamos.
O defesa lembrou o jogo com o Vizela, em que o Braga acabámos por ganhar aos 86 minutos
, salientando que Os jogos agora são até ao fim, os pontos escasseiam para os objetivos das equipas que ainda competem. Vai ser no pormenor.
Saída de Artur Jorge e chegada de Rui Duarte
Oliveira abordou a saída do treinador Artur Jorge e a entrada de Rui Duarte, afirmando que Realmente foram acontecimentos algo impactantes. O caso pessoal do mister [falecimento do filho] tocou-nos a todos, é uma coisa irreparável. Estamos todos juntos nessa caminhada agora de seguir em frente.
Sobre a mudança de treinador, o central disse que Tínhamos rotinas, coisas que estavam já em andamento, que de uma maneira ou de outra... A verdade é que soubemos pelo mister Artur Jorge o que é que se estava a passar, qual seria mais ou menos o desfecho das coisas. Se me perguntas se estávamos a contar, se calhar não, nessa altura não.
A nova dinâmica com Rui Duarte
Relativamente à entrada de Rui Duarte, Paulo Oliveira explicou que o novo treinador tentou não fazer muitas alterações, porque temos um mês desde que tomou entrou, portanto o mais complicado é apanhar tudo. Havia muita coisa bem feita, não é? Ele pegou muito no trabalho defensivo, trabalhar as especificidades que aparecem no jogo, muito trabalho de vídeo também, de quando fazemos o jogo no dia seguinte ou no treino seguinte, já visualizamos aquilo que fizemos no jogo, coisas boas e coisas más.
O defesa considerou que este trabalho de Rui Duarte é uma mais-valia
para a equipa.
Papel de Paulo Oliveira
Questionado se o seu papel tem tido nuances diferentes com a chegada de Rui Duarte, Paulo Oliveira afirmou que Não, porque, acima de tudo, a nível defensivo, o que estamos a trabalhar mais é a linha e o processo defensivo como um todo, ou seja, o ideal é todos sabermos o que é que cada um vai fazer.
O central explicou que neste momento sente que a equipa está a pensar um bocadinho mais todos dentro do mesmo, portanto, com erros como é lógico, porque não há milagres, isto é um trabalho contínuo e aprendizagem contínua.
Elogio à coragem de Rui Duarte
Paulo Oliveira elogiou a coragem
de Rui Duarte em assumir o comando da equipa a um mês do fim da época. Falou disso na primeira palestra que nos deu, foi uma palavra que me ficou na cabeça que foi a coragem, porque realmente é preciso coragem, a faltar um mês, para entrar numa equipa e tentar fazer um pouco diferente.
O defesa também destacou a exigência e intensidade que Rui Duarte imprimiu aos treinos, com os treinos também um pouco mais longos, mas com muito ênfase naquilo que ele acha que é a ideia que quer implementar para cada jogo
.
Convite para o Braga
Por fim, Paulo Oliveira falou sobre o seu convite para regressar ao Braga, após ter estado no Eibar, em Espanha. Na altura estava em Espanha, no Eibar, fiz quatro anos lá e tinha renovado mais três. No entanto, uma das cláusulas que é normal ter em clubes da dimensão do Eibar, no caso de haver alguma descida de divisão, o contrato fica sem efeito, então fiquei um jogador livre.
O defesa revelou que O SC Braga já tinha entrado em contacto antes da minha renovação lá, um ano antes de eu vir para cá, porque sabia que ia terminar o contrato e tinha falado com o meu empresário. E pronto, a porta ficou sempre aberta.
Sorte com os treinadores
Paulo Oliveira destacou a sorte que teve com os treinadores que apanhou ao longo da carreira, como Francisco Chaló, Jorge Jesus e Rui Jorge. Tive muita sorte com os treinadores que apanhei. Tive treinadores que acreditaram em mim, como o Francisco Chaló. O primeiro ano em Penafiel foi muito importante para mim, porque fui para uma Liga2 e apanhei grande grupo e bom clube e com um treinador que me permitiu fazer 42 jogos na primeira época como sénior.
Sobre Jorge Jesus, o central afirmou que a nível de jogo e tático, o Jorge Jesus é aquele quem tem uma cultura tática incrível. Na seleção apanhei o mister Rui Jorge, e sem saber já estava a trabalhar muito da base de Jorge Jesus, porque trabalharam juntos e isso ajudou-me muito quando fui para o Sporting.