O Ministério Público pediu a condenação do antigo diretor geral do Braga, João Gomes, a uma pena de prisão de três anos, suspensa mediante o pagamento de uma verba a uma instituição social. A acusação está relacionada com uma tentativa de extorsão à SAD do Braga, na pessoa do presidente António Salvador.
O caso remonta a fevereiro de 2018, quando o clube instaurou um processo disciplinar ao então diretor geral, visando o seu despedimento, que foi concretizado algumas semanas depois. O Braga revelou que «João Gomes tentou coagir o clube com a ameaça de divulgação de factos infundados», na tentativa de extorquir 250 mil euros, uma viatura Mercedes-Benz no valor de 60 mil euros e um subsídio de desemprego, tudo no prazo máximo de 24 horas.
Acusação e Desfecho do Processo
Após a inquirição de testemunhas, o Ministério Público destacou a verosimilhança do depoimento do presidente António Salvador e das testemunhas da SC Braga SAD. O MP apontou contradições e inexatidões na defesa apresentada pelo arguido João Gomes.
No desfecho da audiência, o Ministério Público solicitou a condenação do arguido a uma pena de prisão de três anos, suspensa mediante o pagamento de 2.500 euros a uma instituição de segurança social a designar. A leitura da sentença está marcada para o dia 11 de abril.
Impacto no Desporto Português
Este caso levanta questões sobre a conduta ética e profissional no desporto, destacando a importância da integridade e transparência nas relações laborais dentro dos clubes de futebol. A tentativa de extorsão descrita no processo evidencia a gravidade das alegações contra o antigo diretor geral do Braga e a necessidade de responsabilização perante a lei.
A decisão judicial que será proferida em abril terá repercussões significativas no mundo do futebol português, especialmente no que diz respeito à gestão e governança dos clubes. A condenação ou absolvição de João Gomes terá um impacto não apenas no Braga, mas também na perceção da integridade do desporto nacional.
Valor da Ética e Transparência
A transparência e a ética são valores fundamentais que devem ser preservados em todas as esferas do futebol, desde a administração dos clubes até às relações com os seus colaboradores. Casos como este reforçam a importância da vigilância e do cumprimento das normas e regulamentos para garantir a credibilidade e a reputação do desporto em Portugal.