O presidente do Braga, António Salvador, destacou os momentos muito positivos da época da equipa, desde a conquista da Taça da Liga até aos bons jogos na Liga dos Campeões. Se há palavra capaz de traduzir a liderança de Salvador será ambição - tanto desportiva como de construção de infraestruturas, que também põem o clube entre os melhores, afirmou o presidente dos guerreiros do Minho.
Investimento excecional e Desempenho na Liga
Salvador abordou o investimento excecional feito pelo Braga este ano e a frustração em relação ao desempenho no campeonato. Ele explicou: Este foi o ano em que mais investimos no plantel, reconhecidamente capaz de se bater com qualquer equipa em Portugal. As coisas não têm corrido bem no campeonato, mas na Liga dos Campeões só por pura injustiça não fizemos mais pontos.
Contratações e Estratégia da Equipa
Sobre as contratações de jogadores experientes, como José Fonte, Pizzi e Moutinho, Salvador esclareceu que não foram feitas especificamente para a frente europeia: Todo o plantel foi pensado e trabalhado com a equipa técnica e a estrutura muito antes da época começar. Começámos a pré-época com o plantel estabilizado, a pensar fazer uma boa Liga dos Campeões e ter nas outras provas um desempenho condizente com as ambições do Braga.
Gestão Cuidadosa e Desafios Futuros
Questionado sobre a saída de jogadores do meio-campo em janeiro, Salvador afirmou: Este clube nunca abdica de nenhum objetivo, nem no início nem a meio da época. Ele explicou as razões por trás das saídas de Castro e André Horta e as contratações de Vítor Carvalho e Zalazar para reforçar a equipa.
Salvador também abordou a saída de Al Musrati para o Besiktas, destacando a importância de garantir a mais-valia financeira dos jogadores: Como presidente e gestor, tenho de criar condições para tirar o máximo rendimento dos jogadores em campo enquanto cá estão, mas também garantir que, em alguns casos, é possível aliar a mais-valia financeira, porque isso é necessário.
Em relação às perspetivas futuras do Braga, Salvador mencionou a necessidade de uma gestão cuidadosa e de vendas anuais entre 20 a 25 milhões de euros. Ele comentou sobre a ausência da Champions e o impacto nas renovações e contratações: Não fizemos orçamento a contar com a Champions. Todos os anos o Braga tem de fazer vendas entre 20 a 25 milhões de euros, estando na Liga Europa. Preparámos um plantel para lutar pelo pódio mas sem entrar em loucuras.
Em resumo, António Salvador enfatizou a importância da ambição e do foco contínuo da equipa do Braga, apesar dos desafios enfrentados ao longo da temporada. O presidente demonstrou uma abordagem pragmática em relação à gestão do clube e às expectativas para o futuro.