A descida de divisão do Boavista na última temporada gerou um descontentamento significativo entre os seus adeptos. O treinador Stuart Baxter, que foi contratado nas últimas jornadas da Liga Portugal Betclic, expressou a sua desilusão por não ter conseguido guiar a equipa ao playoff de manutenção.
Em declarações ao portal sueco Fotbollskanalen, Baxter afirmou: “Foi uma grande desilusão para mim. Quase conseguimos chegar ao playoff de manutenção. Vencemos jogos, tínhamos a faca contra a nossa garganta, pressionámos o FC Porto no dérbi, devíamos ter feito o 2-2, mas não me posso queixar desse jogo.”
A difícil situação do clube
Baxter realçou a complicada situação que o clube enfrentou nas últimas jornadas, referindo: “Além disso, as outras equipas [AFS e Farense] também conseguiram resultados. Na última jornada precisávamos de vencer e achava que se fizéssemos a nossa parte ia ser suficiente. Contudo, sofremos cedo, tivemos um golo anulado e depois eles voltaram a marcar e foi o pânico.”
O ambiente na última jornada foi especialmente intenso, com 3000 adeptos a manifestarem a sua frustração. Baxter descreveu o cenário como caótico: “Estavam lá 3000 adeptos, podem imaginar o caos que foi. Como pessoa do futebol não gosto, mas percebo que tenham de expressar a sua insatisfação que já durava há algum tempo. Não foi nada contra mim, o atual presidente ou até contra os jogadores. Foi uma forma de libertar a frustração que durava há alguns anos.”
Medidas extremas e um necessário renascimento
A situação escalou a um ponto em que a equipa precisou de escolta policial devido à ira dos adeptos. Baxter revelou: “Precisámos de escolta policial, atiraram-nos pedras. Não foi divertido, mas percebo a situação.” O treinador escocês encerrou a sua análise reconhecendo o descontentamento que paira sobre o clube e a necessidade urgente de um renascimento na próxima temporada.