Stuart Baxter, o escocês de 71 anos que recentemente assumiu o cargo de treinador do Boavista, tem uma visão particular sobre os desafios que enfrenta na Primeira Liga. Ao preparar-se para o confronto contra o Sporting, ele não hesitou em sugerir uma tática que, embora humorística, reflete a sua abordagem pragmática ao jogo. “A receita para concluir o contrato é estacionar muitos autocarros. Veremos se Gyökeres consegue escalá-los dentro de duas semanas”, atirou o técnico.
Baxter mostrou-se otimista quanto à sua nova missão, reconhecendo a importância da história e da cultura do clube. “Se conseguirmos sobreviver, quero continuar e ajudar a construir algo novo. Em termos de história, do estádio, dos adeptos, da instituição Boavista, isto é realmente emocionante”, comentou, realçando a sua disposição em enfrentar o desafio.
Experiência e Abordagem Tática
A sua experiência no futebol internacional, que inclui passagens pela Suécia, Noruega e África do Sul, foi um ponto forte na sua apresentação. Ele referiu a necessidade de focar em “alguns detalhes táticos importantes” e em elevar a mentalidade do grupo. “A pressão deveria estar sobre mim como treinador, e não sobre os jogadores”, afirmou, delineando a sua filosofia de liderança.
Stuart Baxter não teme a sua idade e acredita que pode contribuir significativamente para a equipa. “Ganhei títulos em dois continentes diferentes e acredito que consigo lidar com a maioria dos grupos diferentes e treinei arduamente no ginásio do hotel uma hora antes da partida para Portugal. A minha percentagem de gordura corporal é de 13, talvez inferior à de alguns jogadores”, destacou com um toque de humor.
Desafios e Expectativas Futuras
Ele também abordou a questão sobre a sua aposentadoria, revelando que ainda não está preparado para deixar o futebol: “Sei como é a sociedade, mas ainda não me sinto preparado”. Com um contrato que se estende até junho de 2026, a tarefa de Baxter será não apenas salvar a equipa da relegação, mas também estabelecer uma base sólida para o futuro.
A pressão aumentará, especialmente após a derrota recente contra o Nacional e pelo impacto que o jogo contra o Sporting poderá ter na sua nova jornada. A chegada do antigo adjunto Malcolm Allison em Portugal em 1987/88 e a sua longa carreira são indicativos de que Baxter tem as ferramentas e a sabedoria necessárias para moldar a equipa num momento crítico.
O Desafio Contra o Sporting
O que resta saber é se a sua estratégia de estacionar autocarros funcionará contra Gyökeres e os leões em campo. A expectativa em torno do confronto é alta, e Baxter terá de pôr em prática todas as suas experiências passadas para conseguir um resultado positivo. Os adeptos do Boavista aguardam ansiosamente para ver como o novo treinador se adapta ao ambiente competitivo da Primeira Liga.
Independentemente do resultado, o compromisso de Baxter em construir algo duradouro no Boavista parece firme, e o clube pode estar a iniciar uma nova era sob a sua orientação.