O treinador Cristiano Bacci já não será o responsável técnico do Boavista no próximo jogo contra o Estoril, marcado para este domingo. O técnico italiano tomou a decisão de deixar o comando da equipa, depois de ter colocado o seu lugar à disposição sem exigir qualquer compensação financeira.
Apesar dos esforços da SAD e do presidente Fary Faye para o convencer a ficar, Bacci considerou não ter as condições necessárias para se bater com as outras equipas da Liga. «A reunião que se prolongou até ao início da noite não conseguiu demovê-lo da sua decisão», refere o comunicado do clube.
Rescisão de contrato e interinos
O treinador italiano já não irá orientar o treino de sábado, estando a ser tratados os detalhes da rescisão do seu contrato. Ricardo Paiva, que na época passada orientou 15 jogos do Boavista, e Jorge Couto, coordenador da formação, deverão ser chamados a comandar a equipa nesta fase transitória.
«Bacci expressou a sua insatisfação perante a atual conjuntura do clube», de acordo com o comunicado. Apesar dos esforços da Direção, não foi possível inscrever reforços no mercado de janeiro. A venda do nigeriano Bruno Onyemaechi ao Olympiakos agravou a situação de um plantel limitado, tanto em número como em qualidade, enfraquecendo as opções disponíveis para a equipa técnica.
Reforços à vista
O treinador manifestou a sua frustração pela falta de condições para competir de forma equilibrada com as restantes equipas da Liga, apesar de o Boavista estar prestes a levantar os impedimentos para inscrever vários jogadores livres. Um deles, Layvin Kurzawa, lateral-esquerdo de 32 anos ex-PSG, já se vinculou ao clube até ao final da época, estando a sua inscrição dependente da resolução dos FIFA Ban, reduzidos a três.
Moussa Koné, extremo senegalês de 28 anos que esteve na época passada no FC DAC 1904 da Eslováquia, cedido pelo Lask Linz, é também uma possibilidade na mesa para reforçar o plantel do Boavista nesta fase.