Fim da longa espera
Longe vai o calor do início de agosto. Mas mais do que a descida da temperatura, a passagem dos meses, a mudança de estação – e até da hora -, aquilo que mais doía no corpo de uma pantera cheia de mazelas era a ausência de vitórias. Mas já não dói. Ao fim de 84 dias, desde o longínquo 10 de agosto e da jornada inaugural, a equipa de Cristiano Bacci voltou a celebrar um triunfo. Barcelos, depois de Rio Maior - a casa emprestada do Casa Pia -, foi o habitat que deu o conforto que o Boavista procurava.
Pantera paciente e determinada
Não foi fácil. Como não se previa que fosse. Diante de um Gil Vicente um pouco mais tranquilo na classificação, mas que também procurava responder a um desaire, a pantera teve de ser paciente. Precisou de aguentar os primeiros ataques aplicados pelo adversário e manter-se de pé, mesmo com uma equipa cheia de remendos e sem muito mais por onde remendar. E depois, como bom felino, aproveitou para contra-atacar de forma decisiva.
Golo da insistência e da recompensa
Depois de 45 minutos que se arrastaram, lentos e desinteressantes, com ligeira superioridade do Gil Vicente nas oportunidades criadas, na 1.ª parte, o segundo tempo abriu praticamente com o golo boavisteiro. Um golo de insistência, pois claro! Após canto batido da esquerda, a defesa gilista afastou a bola para a entrada da área e ela caiu no pior sítio onde podia ir parar: o pé esquerdo de Filipe Ferreira. O lateral que jogou adaptado a central vestiu a pele de bombardeiro, obrigou Andrew a defender em esforço para a trave, e depois Vukotic aproveitou as sobras para, tranquilamente, empurrar para golo. E não demorou muito para a pantera aumentar a vantagem, com um golo de Joel Silva após uma jogada individual de Reisinho.