Álvaro Carreras: «Incrível voltar a gostar do futebol desta forma»
Álvaro Carreras está a atravessar a melhor fase desde que chegou ao Benfica e, em entrevista à «La Voz de Galicia», o lateral espanhol admitiu que está a «desfrutar do futebol», numa altura em que agarrou a titularidade no lado esquerdo da defesa encarnada, com um treinador com o qual se identifica.
«Estou a desfrutar do futebol, ao lado de um treinador com uma mentalidade que me identifico e um estilo de jogo sempre virado para a baliza adversária. É incrível voltar a gostar do futebol desta forma, com uma vitória por 4-0 na Liga dos Campeões. Impossível ter um "feeling" melhor do que este», começou por referir.
A importância da família
Carreras destacou a importância que a família teve (e tem) na sua carreira de jogador, que podia ter terminado há alguns anos. «O mais importante é a minha família. Sem eles, não estaria onde estou e provavelmente já tivesse deitado a toalha ao chão há muito tempo. Sacrifiquei toda a minha infância pelo futebol, por um sonho. Vivi tudo aquilo com que tinha sonhado», admitiu o atleta.
As referências como defesa esquerdo
Questionado sobre as referências enquanto defesa esquerdo, o jogador do Benfica não demorou muito a decidir, sendo que no topo da lista estão Marcelo e Sergio Ramos. «O Marcelo sempre foi uma grande referência, mas também o Sergio Ramos. Quando era mais novo até ligava mais aos avançados, para ser sincero», revelou.
Carreras falou ainda sobre a ligação que tem criado com o companheiro de equipa Otamendi: «É um orgulho jogar ao lado do Otamendi, dou-me muito bem com ele, porque jogamos perto um do outro e vamos dando conselhos».
Ademir Alcântara: «Tenho edifícios no Brasil em homenagem ao Vitória SC»
Ademir Alcântara, ex-médio ofensivo brasileiro, teve passagens marcantes por clubes portugueses como Vitória SC, Benfica e Boavista. Em conversa com o zerozero, o ex-jogador relembrou o passado em ambos os clubes, o «amor» pelo Vitória SC e as «divergências» com Valentim Loureiro, antigo presidente do Boavista.
Amor pelo Vitória SC
Sobre o Vitória SC, Ademir revelou: «Tenho muitas saudades dessa época [1986/1987]. Erámos uma equipa excecional e qualquer adversário sentia que era difícil jogar em Guimarães. A cidade e os adeptos são muito envolvidos com o clube. Quando chegávamos das competições europeias - independentemente do horário -, nós éramos sempre recebidos no Largo do Toural. Faziam sempre uma grande festa e acompanhavam-nos para todo o lado. Foi o clube com os melhores adeptos que apanhei.»
Ademir e o seu amigo Nenê, ex-colega de equipa no Vitória SC, decidiram abrir uma empresa de construção civil no Brasil com uma particularidade curiosa: «Eu e o Nené, um grande amigo meu, procuramos que todos os negócios que fazemos aqui no Brasil tenham o nome Guimarães. Temos aqui um com o nome 'Residencial Guimarães'. Todos os edifícios que temos chamam-se 'Guimarães 1, Guimarães 2...', em homenagem ao Vitória SC. Tenho uma grande admiração pelo clube.»
Divergências com o Boavista
Já sobre o Boavista, Ademir afirmou: «Os adeptos do Boavista não são tão apaixonados como os de Guimarães, mas foi um clube muito bom para trabalhar, com grandes infraestruturas. Fiz uma época muito boa lá - 10 golos em 20 jogos -, mas, depois, houve alguns fatores que condicionaram a minha permanência.»
O ex-jogador revelou ainda algumas divergências com o antigo presidente do Boavista, Valentim Loureiro: «Tive pouco contacto com o Valentim Loureiro, uma vez que não aparecia muito mas acompanhei sempre de perto as atitudes que ele ia tendo perante nós [jogadores] e a verdade é que nem sempre concordávamos com ele.»
O pior momento da carreira
Por fim, Ademir falou sobre o «pior momento da carreira», após um imbróglio entre FC Porto, Vitória SC e Benfica: «Basicamente tive uma proposta do Benfica que acabei por aceitar e, depois, o pessoal do FC Porto ficou muito aborrecido porque, aparentemente, o presidente já tinha um acordo verbal com o Jorge Nuno Pinto da Costa, ainda antes da proposta do Benfica. Foi uma confusão onde eu saí mais prejudicado. Sofri pressão dos dois lados e vivi momentos de grande tensão. Foi, muito provavelmente, o pior momento da minha carreira.»