O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) revelou esta semana a entrada de uma queixa e providência cautelar pela Profute, empresa de agenciamento de jogadores, contra a SAD do Boavista. Em causa está a transferência de Tiago Morais para o Lille, em janeiro, por um valor a rondar os quatro milhões de euros.
Segundo a providência cautelar, a empresa detida por Paulo Gonçalves, antigo dirigente do Boavista e assessor do Benfica, queixa-se de ter uma comissão da transferência por receber e existir um determinado incumprimento contratual. Recorde-se que Tiago Morais, formado nos escalões jovens das panteras, foi emprestado pelo emblema francês ao Rio Ave neste defeso.
SAD do Boavista vai contestar ação
A SAD axadrezada, confirmou Record, vai contestar esta ação e tentar resolver a questão da forma mais rápida possível. Registe-se também que o Boavista ainda está a cabo com um 'transfer ban' interposto pela FIFA e não pode, neste momento, inscrever os reforços que adquriu neste verão. O negócio da transferência de Tiago Morais foi feito durante o inverno de 2024, numa altura em que o presidente da SAD do Boavista ainda era Vítor Murta, que deixou mais tarde o cargo.
Declarações de Vítor Murta
Vítor Murta, presidente do Boavista e antigo líder da SAD axadrezada, reagiu esta segunda-feira à queixa da Profute, empresa de Paulo Gonçalves, interposta devido à comissão relativa à transferência de Tiago Morais para o Lille. «A transferência do [Tiago] Morais permitiu o pagamento dos salários aos jogadores e funcionários. E quando terminou o meu mandato na SAD, tal como o atual presidente afirmou, os salários dos jogadores estavam em dia (apenas possível com esta transferência). E foram deixados na conta da SAD 400 mil euros. O atual presidente da SAD [Fary Faye] e à data administrador participou das negociações e outorgou os documentos que originaram a presente ação», disse.