Nos últimos 20 anos, o Boavista Futebol Clube tem sido vítima de uma série de problemas e erros que afetaram gravemente o seu desempenho e reputação. Desde o investimento desajustado no estádio até ao envolvimento no escândalo do Apito Dourado, o clube tem enfrentado uma série de desafios. A demissão de Petit é apenas mais um episódio nesta história conturbada.
Manuel Barbosa, ex-chefe de redação do clube, expressou a sua deceção com a situação: 'A demissão de Petit é mais um dedo amputado ao Boavista. Os anéis há muito se foram, surripiados em processos mais ou menos sujos, e do Boavistão de 2001 resta o estádio, o povo, a história e o emblema.'
O clube tem lutado com dívidas e problemas de gestão nos últimos anos. É necessário estabelecer acordos sérios com os credores, garantir o pagamento dos salários dos funcionários e assegurar a liquidez da gestão corrente. Só então é que o clube pode pensar em investir na equipa de futebol profissional.
No entanto, nos últimos tempos, o Boavista tem feito investimentos errados e contraproducentes. Jogadores caros, como Adil Rami, Chidozie, Alberth Elis e Reggie Cannon, foram contratados, apesar da falta de recursos financeiros. Este tipo de gestão irresponsável só piora a situação do clube.
É evidente que o Boavista precisa de alguém que saiba cuidar do clube adequadamente. A demissão de Petit mostra a sórdida incompetência daqueles que estão no comando do clube. Os responsáveis devem ser responsabilizados por suas ações.
No entanto, há esperança para o Boavista. O clube terá assembleias gerais nos dias 18 e 28, onde terá a oportunidade de provar a sua grandeza e mostrar que está pronto para enfrentar os desafios futuros.
Petit, que demonstrou ser um verdadeiro boavisteiro, merece ser tratado com respeito. O que ele fez pelo clube o torna um dos treinadores mais interessantes do país. Agora, cabe ao Boavista encontrar alguém capaz de assumir o seu lugar e liderar o clube em direção a um futuro melhor.